Recentemente, a Netflix conquistou o público com mais uma produção inspirada por uma história real. “Bebê Rena” explora a o caso verdadeiro de perseguição e abuso de Richard Gadd, e chegou ao topo da lista de produções mais assistidas do streaming.
Após o público investigar a identidade dos personagens da trama, a mulher acusada de ter perseguido Gadd na vida real falou com o Daily Star, nesta quinta-feira (25), de forma anônima, alegando que ela é a vítima da história. “A vítima aqui sou eu, não Richard Gadd”, disse ela. “Recebi ameaças de morte como resultado de sua série, apesar do fato de que muitas das coisas que ele afirmou na [atração] simplesmente não são verdadeiras”, disparou.
“Uma pessoa me mandou uma mensagem dizendo: ‘Se eu te encontrar, vou te matar’. Um cara na Carolina do Norte disse que ele e outras pessoas iriam me perseguir como eu persegui Gadd“, relatou. A mulher acrescentou que o ódio da web afetou seu sono e ela vive com medo. Ela também disse que não vai parar de falar abertamente, apesar de Gadd afirmar que não quer que as pessoas a encontrem por causa de preocupações com seu bem-estar mental.
A mulher de 58 anos, formada em direito pela Universidade de Aberdeen, finalizou: “Não assisti a Bebê Rena, mas vi várias coisas”. Ela ainda chamou o programa de “intrusão grosseira” de sua privacidade e afirmou que não vê Gadd há 12 anos.
Na trama, Gadd vive Donny Dunn, um comediante que passa a ser perseguido por uma mulher. Interpretada por Jessica Gunning, a perseguidora se chama Martha na série, entretanto, não este se trata do seu nome verdadeiro. Ao longo de sete episódios, a obsessão só cresce e ela o apelida de Bebê Rena. O motivo para o apelido nada comum só é revelado ao fim da produção, depois do homem passar meses tentando convencer a polícia de que Martha o estava ameaçando.
Em entrevista à Radio Times, a atriz revelou que “decidiu propositalmente não saber muito sobre a pessoa real, pois isso não a ajuda muito“. “Não estou fazendo uma imitação dela. Tudo o que estou fazendo é interpretar essa personagem, então não fiz nenhuma história de fundo além do que estava nos roteiros“, explicou.
Na série, Gadd não revela a quantidade de mensagens e outras formas de contato da sua perseguidora. No entanto, o espectador consegue notar o estado mental dela a partir das incessantes tentativas ao longo da trama. Embora não revele o número exato na atração, o criador pontuou ao Screen Rant que foram 41.071 e-mails, 350 horas de mensagens de voz, 744 tweets, 46 mensagens no Facebook e 106 páginas de cartas.
No desfecho da adaptação, Martha é presa e condenada a nove meses de prisão. O protagonista, por sua vez, consegue uma ordem de restrição de cinco anos contra ela. Contudo, Gadd optou por não pressioná-la judicialmente na vida real e citou transtornos mentais. Em entrevista ao The Times, ele afirmou que essa questão está “resolvida“, acrescentando que possuía “sentimentos confusos sobre isso“, pois “não queria jogar alguém com esse nível de doença mental na prisão“.
Atualmente, a série lidera a lista de mais vistas da Netflix e terá campanha reforçada para o Emmy. Assista ao trailer: