[Atenção! Alerta spoilers] Caro leitor, se você achava que “Bridgerton” não poderia te surpreender mais, você está bem enganado. Nesta quinta-feira (13), a showrunner da série, Jess Brownell, comentou os quatro episódios finais da terceira temporada do sucesso da Netflix para o Deadline. Com isso, ela revelou a reviravolta que acontece na história de Francesca.
De acordo com Brownell, “a história [de Francesca] tem mais algumas reviravoltas do que o resto”. No livro de Julia Quinn, a personagem se casa com John. Porém, ele morre por causa de um aneurisma. Francesca, então, se casa com o primo dele, Michael Stirling, que fica com o título da realeza de John após a morte dele.
Todavia, na adaptação de Shonda Rhimes, não é bem isso que vai acontecer… Michael, na verdade, é Michaela Stirling. Na entrevista, Brownell confirmou que a personagem realmente terá um enredo queer. “Eu tenho apresentado a história queer de Francesca desde o início”, contou ela.
“Quando li o livro dela, eu, como mulher queer, realmente me identifiquei. Talvez de uma maneira que Julia Quinn não tinha a intenção, mas muito do livro de Francesca é sobre se sentir diferente de sua família e do mundo ao redor dela, sem saber muito bem o porquê”, disse ela.
“No livro, eu acho que na maior parte é sobre ser introvertido. Mas acho que para muitas pessoas queer, não para todas, mas para muitas pessoas queer, essa sensação de se sentir diferente desde quando você é jovem, faz parte de nossas histórias. Portanto, pareceu natural flexibilizar o gênero”, complementou.
Brownell não deu mais detalhes de como a trama será desenvolvida, mas como a série se passa na Era da Regência, possivelmente Michaela não poderá assumir a posição de John na realeza. De acordo com a publicação, isto pode ser um sinal de que os roteiristas terão uma maior liberdade no enredo da personagem.
A showrunner, por sua vez, garantiu que a história não será uma “tragédia queer”. “Há certos elementos de sua história, historicamente, que nos permitem alguma margem de manobra em termos de criar um feliz para sempre, o que queremos muito ter”, afirmou. “Acho que, ao abordar uma história queer, é muito importante para mim que neste mundo de felizes para sempre possamos ver um queer feliz para sempre e não deixar que seja um trauma estranho”, concluiu.
Os novos episódios de “Bridgerton” já estão disponíveis na Netflix.
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