[Atenção! Este post contém conteúdo sexual] A Netflix tem sido alvo de ataques no Reino Unido após a exibição do último episódio da série “Um Homem por Inteiro”. Na cena em questão, o personagem de Tom Pelphrey aparece com o pênis totalmente ereto e sem nenhuma censura. O ocorrido deixou, de pronto, os telespectadores em choque e com duras opiniões sobre o caso.
No desfecho da série de seis episódios, Raymond Peepgrass (Pelphrey) tem uma discussão com o magnata Charlie Croker (Jeff Daniels) logo após tomar Viagra e protagonizar uma cena de sexo com Martha Croker (Diane Lane). Em determinado momento, Raymond surpreende ao tirar o lençol que cobria seu pênis, exibindo o membro por completo. Assista:
¿Ya vieron “A Man in Full”? No puedo imaginar la risa de los grandiosos actores Jeff Daniels, Diane Lane y Tom Pelphrey cuando terminaron estas escenas. Llevo riéndome por 30 minutos.
¡Es cine 🚬!
Jajajajaajajajajajajajajajajajajajajajajaja pic.twitter.com/HSK7tWmTbd
— Alexandra💥 (@a_xandra360) May 6, 2024
Embora a série apresente um alerta sobre “conteúdo sexual, linguagem imprópria e nudez”, e tenha classificação indicativa de 16 anos, não há nenhum aviso prévio para a cena explícita. Por conseguinte, o take levantou debates entre os britânicos a respeito da regulamentação dos serviços de streaming, com a preocupação de que as crianças sejam expostas a riscos.
Críticas
Mary Killen, estrela do reality show “Gogglebox” e colunista da revista Spectator, repudiou a cena polêmica. “Não quero ver imagens sexuais explícitas quando estou assistindo a um drama. Os espectadores não deveriam ser forçados a ver pornografia”, afirmou ela. Já a colaboradora da Radio 4, Anne Atkins, questionou a falta de limites do streaming.
“Onde estão os limites agora, Netflix? Um pênis visivelmente ereto não é apenas revoltante para muitos espectadores, mas, falando artisticamente, também é completamente desnecessário. Um olhar para baixo, uma sobrancelha levantada teriam feito muito mais”, opinou.
O parlamentar conservador Alexander Stafford também desaprovou o que fora exibido. “Se a Netflix está servindo esse tipo de lixo pornográfico de baixa qualidade, precisamos dar ao Ofcom (órgão fiscalizador do governo britânico) supervisão total da produção da gigante do streaming o mais rápido possível”, analisou ele.
As regras do Ofcom desencorajam efetivamente as emissoras do Reino Unido de mostrarem tal cena. Mas a Netflix, com a sua sede europeia em Amesterdã, está além do Código de Transmissão do órgão regulador. Não existem outras orientações claras sobre a cena de nudez e não há, de fato, uma proibição da representação de um pênis ereto.
O governo, por sua vez, planeja uma nova legislação e um código que deve ser seguido por todas as empresas que operam no Reino Unido. Caso não cumpram o que for definido, os streamings podem ser multados em até £ 250.000 (cerca de R$ 138 mil) ou sofrer restrições.
Sobre o caso, a Netflix declarou: “Temos apoiado consistentemente a introdução de uma Lei de Mídia e propostas para colocar a Netflix e outros serviços de streaming sob o Ofcom no Reino Unido”.