The Idol: The Weeknd debocha após revista divulgar acusações à série; HBO se manifesta sobre polêmica — assista

O astro divulgou um vídeo no qual faz piada com a revista Rolling Stone, que expôs relatos surpreendentes sobre os bastidores da série

Após uma extensa reportagem da Rolling Stone sobre os bastidores da série “The Idol”, The Weeknd debochou da história nesta quarta-feira (1º). 13 testemunhas deram relatos e afirmaram que a trama, estrelada pelo astro e por Lily-Rose Depp, estaria “fetichizando” estupro, entre outras questões. Em um comunicado ao site The Wrap, a HBO também rebateu algumas das alegações.

Num vídeo divulgado por The Weeknd, ele e Lily-Rose aparecem caracterizados como seus personagens, menosprezando justamente a revista que expôs o caso. “Rolling Stone? Eles não são um pouco irrelevantes? […] Rolling Stone tem 6 milhões de seguidores no Instagram, metade deles provavelmente são robôs. E Jocelyn tem 78 milhões de seguidores, todos eles reais, eu assumo”, diz o artista na cena, quando o personagem de Dan Levy sugere que a protagonista estrele uma capa da revista.

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“Então, ela faz uma sessão de fotos, marca eles, eles ganham seguidores dela. Mais dinheiro para a Rolling Stone, nada para Jocelyn”, conclui ele. “Tem muita coisa para a Jocelyn”, rebate o personagem de Levy, mas o protagonista Tedros não aceita a proposta. “Não na Rolling Stone”. The Weeknd compartilhou a cena em seu perfil no Instagram e ainda jogou a indireta – bem direta – para a revista: “Nós chateamos vocês?”. Assista:

Depois de vários atrasos na produção, relatos de mudanças no roteiro de última hora, e até a decisão de regravar a série do zero, a HBO também se pronunciou e negou veementemente que haveria um “senso de caos” no set da produção. “Os criadores e produtores de ‘The Idol’ têm trabalhado pesado para criar um dos programas originais mais empolgantes e provocativos da HBO”, disse a empresa em nota.

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O canal também justificou a saída de Amy Seimetz do cargo de diretora e a entrada de Sam Levinson (“Euphoria”), apontada por alguns integrantes da equipe como o motivo pelo qual a produção ganhou um tom mais sexualmente explícito e violento. “A abordagem inicial da série e a produção inicial dos primeiros episódios, infelizmente, não chegou aos padrões da HBO, então nós decidimos fazer uma mudança”, explicou o canal. Segundo a Rolling Stone, 80% do trabalho já estava concluído quando veio a decisão de descartar tudo e começar a série novamente.

Diante das cenas chocantes expostas por testemunhas, a HBO alegou que a produção teria se esforçado para criar um ambiente seguro para todos. “Ao longo do processo, a equipe de criação se comprometeu a criar um ambiente de trabalho seguro, colaborativo e mutuamente respeitoso e, no ano passado, a equipe fez mudanças criativas que sentiam ser do interesse tanto da produção, quanto do elenco e da equipe”, afirmou o texto. E encerrou: “Estamos ansiosos para compartilhar ‘The Idol’ com o público em breve”.

Entenda o caso

A premissa original de “The Idol” traz Lily-Rose Depp como Jocelyn, uma pop star glamourosa e cheia de problemas, enquanto The Weeknd vive Tedros, o líder de um culto moderno e muito questionável. Contudo, segundo testemunhas anônimas ouvidas pela Rolling Stone, a mudança na direção da série teria trocado o foco da trama sobre a luta de uma vítima da indústria do entretenimento, para uma “história de amor degradante”, considerada ofensiva por alguns que participaram do projeto.

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Lily Rose-Depp vive uma relação turbulenta com The Weeknd em “The Idol”. (Foto: Reprodução/HBO)

Com tudo o que presenciaram, muitos interpretaram o que seria uma fetichização do estupro. “Era como qualquer fantasia de estupro que qualquer homem tóxico teria na série – e então, a mulher volta querendo mais porque isso melhora a música dela”, contou um membro da produção. “Era uma série sobre uma mulher que estava se encontrando sexualmente, e virou uma série sobre um cara que consegue abusar dessa mulher e ela gosta disso”, pontuou uma fonte.

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Integrantes da equipe detalharam cenas chocantes escritas por Levinson e que envolviam muita violência física e sexual entre os personagens de Depp e The Weeknd. No rascunho de um episódio, supostamente havia uma cena em que o astro daria um golpe no rosto da atriz, ela sorriria e pediria que ele a agredisse mais, o que causaria uma ereção em Tedros. Essa cena, entretanto, nunca saiu do papel.

O roteiro de “The Idol” teria sugerido uma cena em que a personagem de Lily-Rose Depp estaria com um ovo dentro da vagina. (Foto: Reprodução/HBO)

Em outra sequência supostamente proposta, Jocelyn carregaria um ovo dentro de sua vagina. Caso ela derrubasse ou quebrasse o ovo, o personagem de The Weeknd se recusaria a “estuprá-la”. A situação levaria a personagem de Lily-Rose a uma espiral, no qual ela imploraria para que ele a “estuprasse”, porque acreditava que essa era a chave para seu sucesso como cantora. Segundo a reportagem, a cena também nunca foi filmada porque a produção não encontrou uma maneira de gravá-la de forma realística, sem que Depp tivesse de realmente inserir o ovo em sua vagina.

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Lily-Rose Depp defende Sam Levinson

Procuradas, as equipes de Sam Levinson e The Weeknd não se manifestaram sobre o caso. Lily-Rose Depp, por sua vez, afirmou que Levinson é “o melhor diretor” com quem ela já trabalhou. Em um comunicado, a protagonista afirmou que nunca se sentiu “mais apoiada ou respeitada num espaço criativo”, deixando claro que teve “contribuições e opiniões mais valorizadas”.

Leia e saiba todos os detalhes do caso, clicando aqui.

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