As definições de ‘torta de climão’ foram atualizadas com sucesso… Ontem (20), duas jornalistas de Goiás acabaram protagonizando um momento constrangedor ao vivo, quando uma delas tentou invadir a entrevista da colega de outra emissora e acabou levando um ‘chega pra lá’ — no ar mesmo!
Rozainne Ferraz, repórter da filial de Goiânia do SBT, entrevistava a filha de uma vítima de feminicídio, quando decidiu abandonar o bate-papo com sua fonte para se direcionar para o link em que estava Patrícia Bringel, da Globo, conversando com a tia da mulher assassinada. “Uma situação tão chocante. A filha está aqui, a mãe dela também está aqui ao lado, vamos ouvir um pouco dela falando sobre esse sentimento de revolta, né?”, diz a funcionária da emissora de Silvio Santos.
O que ela não esperava era que a colega de profissão impediria sua intromissão na entrevista que estava ao vivo. “Por favor, eu estou falando com a tia agora”, cortou. Sem graça com a situação, Rozainne alega que ali estava acontecendo uma coletiva de imprensa, o que teoricamente permite que qualquer jornalista direcione seu microfone e câmeras para o entrevistado. “Vamos ouvir agora, porque a família, na verdade, está recebendo toda a imprensa numa coletiva”, despistou.
Ao ser incomodada durante o desempenho do seu trabalho mais uma vez, Patrícia volta a interromper a entrevista para falar com a outra repórter. “Essa não é a mãe, essa é a tia. Nós tratamos que falaria com ela”, disparou. Com o argumento dito por Rozainne ao vivo, muitas pessoas acharam a postura de Bringel errada, já que numa coletiva todos têm acesso ao entrevistado no mesmo momento.
No entanto, a global usou suas redes sociais para esclarecer que a cobertura do caso não envolvia nenhuma coletiva de imprensa. “Não sei por quais motivos ela ‘escanteou’ a entrevistada que ela mesma já tinha posicionado e invadiu meu link sem nem saber quem era a minha entrevistada. Só pra deixar claro que não se tratava de uma coletiva de imprensa, nós estávamos ali entrevistando de uma forma bem difícil, inclusive eu amparava a tia. Quem me conhece sabe que sou extremamente parceira e respeito muito o trabalho dos meus colegas”, falou.
Jakeliny Mendonça, jornalista da Record, também cobria o caso e acompanhou de perto o que aconteceu entre as colegas. “Eu estava lá e a história não foi bem assim [como Rozainne contou]. As duas tinham combinado que nós três entraríamos com a irmã de uma vítima, ao vivo ao mesmo tempo. Eu acabei entrando primeiro no ar e saí… Depois, a repórter da Globo viu que iria dar problema para a repórter do SBT, acabou entregando a entrevistada e foi falar com essa tia da vítima. Tava tudo certinho”, começou.
“Cada uma com uma entrevistada. A do SBT estava com a entrevistada principal. Só que, ela fez que iria entrar com a irmã, mas a deixou sozinha e foi atrapalhar a repórter da Globo que estava no ar com a tia. Daí aconteceu isso aí… Eu conheço as duas de vista, mas não sou amiga de nenhuma. Patrícia Bringel, toma aqui meu apoio. Precisamos de sororidade”, finalizou.