Vídeo: Menino fica à deriva em bolha inflável no litoral paulista; marinheiro detalha resgate: “Ele estava desesperado”

A criança se afastou 200 metros da costa e foi salva por ocupantes de uma lancha

Uma criança de oito anos foi resgatada depois de ficar à deriva no mar dentro de uma bolha aquática na Praia do Lázaro, em Ubatuba, no litoral paulista, na terça-feira (24). O menino foi puxado por um cabo de aço por três ocupantes de uma lancha que o avistaram.

O GBMar (Grupamento de Bombeiros Marítimo) havia sido acionado por testemunhas que viram o garoto, mas chegou depois que a criança já estava em segurança. Ele foi entregue aos responsáveis sem ferimentos.

No vídeo compartilhado nas redes sociais, é possível ver que a bolha foi presa à lancha com o garoto dentro e levada até a costa. O proprietário da embarcação que fez o resgate, Welington Júnior, revelou detalhes do momento em conversa com g1.

Eu acho que porque ela bateu na costeira, ela furou. Meu medo era ela desinflar com ele lá dentro. O rapaz da outra lancha gritou: ‘Não abre, porque senão vai afundar tudo’. A gente passou uma corda na bolha e veio arrastando o mais rápido que deu, porque também não dava pra vir muito rápido, senão podia machucar o menino“, relatou.

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Segundo o marinheiro Rafael Graça do Prado, que também presenciou o incidente, o menino estava se debatendo dentro do objeto. “O menino estava muito desesperado […] Ele estava com muito medo lá no meio do mar sozinho. Eu perguntei se ele estava respirando bem e ele deu um joinha. Lá dentro ele grita, mas não dá para entender muito bem”, apontou ao UOL.

“A gente conversou com o menino, eu estava preocupado se ele estava conseguindo respirar ou não, porque essa boia é perigosa”, adicionou Rafael. “Ela tem um tempo que você pode respirar dentro dela. Eu fui acalmando ele, e foi a hora que minha filha começou a filmar”, relembrou.

Ele contou que essas bolhas são alugadas na praia e ficam presas a um cabo, mas que, no caso do garoto, a contenção se soltou: “O pessoal aluga e deixa essa boia aqui na beirinha, segurando por um cabo. Porém, esse cabo soltou e chegou um vento forte, o vento levou a boia. Inclusive, ela já tinha batido nas pedras e ela estava furada, ela estava vazando“.

Alerta

De acordo com a capitã Karoline Burunsizian, do GBmar, a criança estava a mais de 200 metros da costa quando conseguiu ser salva. Em entrevista à Folha de S.Paulo, ela fez um alerta sobre objetos flutuantes no mar.

É uma moda que vem do Rio de Janeiro e é muito perigosa. A cada três mortes por afogamento, uma começa com o uso de objetos flutuantes. Esses objetos passam uma falsa sensação de segurança, mas isso não é uma realidade“, esclareceu ela, que ainda deu uma orientação aos banhistas. “Não utilize objetos flutuantes, o que inclui colchões infláveis, inclusive em piscinas”, adicionou.

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Um caso semelhante foi registrado em Copacabana, no Rio de Janeiro, em abril de 2023. Na ocasião, um casal precisou ser resgatado pelos Bombeiros após ficar à deriva dentro da bolha inflável. De acordo com informações divulgadas na época, o instrutor que segurava o cabo de contenção do objeto começou a ser puxado pelo mar e acabou soltando a corda. Ele também precisou ser resgatado.

Todos receberam primeiros socorros na areia e foram liberados. Depois do ocorrido, duas bolhas infláveis foram recolhidas por guardas municipais da cidade.

Bombeiros salvando casal em bolha inflável no Rio de Janeiro. (Foto: Reprodução/Internet)
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