Após o anúncio do veredito, nesta quarta-feira (2), um dos jurados do caso de Sean “Diddy” Combs veio a público defender a decisão. O rapper foi considerado culpado por duas das cinco acusações que enfrentava, mas acabou absolvido das mais graves, que envolviam tráfico sexual e associação criminosa.
O magistrado declarou Diddy como o responsável nos casos por transporte de prostituição das duas ex-namoradas: Cassie Ventura e uma mulher com o pseudônimo ‘Jane’. Com isso, a pena máxima para os dois crimes é de 20 anos (10 anos cada).
Em entrevista à ABC News, o jurado, que preferiu não se identificar por receio de ataques, respondeu às críticas do público e negou que a fama do artista tenha influenciado o julgamento. Para ele, essa suposição é “extremamente ofensiva e desrespeitosa ao júri e ao processo de deliberação”.
“Passamos mais de dois dias deliberando. Nossa decisão foi baseada exclusivamente nas provas apresentadas e na forma como a lei é descrita. Teríamos tratado qualquer réu da mesma forma, independentemente de quem fosse. Não tenho mais nada a dizer”, afirmou, nesta quinta (3).
A advogada de Diddy, Anna Estevao, também comentou a decisão e a classificou como uma “grande vitória” para o rapper: “Ele foi absolvido das acusações de tráfico sexual e da conspiração ligada à lei RICO (Lei de Organizações Corruptas e Influenciadas por Extorquistas). Ele vai dormir tranquilo sabendo disso”.
Pedido de liberdade provisória
O advogado de Sean “Diddy” Combs, Marc Agnifilo, entrou com um pedido para que o rapper seja libertado sob fiança no valor de US$ 1 milhão (cerca de R$ 5 milhões). A solicitação, no entanto, foi negada pelo juiz Arun Subramanian.
Diddy está preso desde setembro e continuará detido até a audiência de sentença, marcada para 3 de outubro. De acordo com o E! News, o juiz agendou uma reunião entre acusação e defesa para o dia 8 de julho, a fim de discutir a possibilidade de antecipar a definição da pena.
A ação judicial está sendo conduzida na Corte Distrital Federal, em Manhattan (NYC) e teve seus trabalhos iniciados no dia 5 de maio. Ao longo das audiências, o júri ouviu o depoimento de 34 testemunhas, incluindo celebridades como Kid Cudi e Cassie Ventura.
Prisão
O produtor musical foi preso em 16 de setembro, acusado de tráfico sexual, extorsão, sequestro, trabalho forçado, suborno e outros crimes. Na época, o cantor teve sua fiança negada pela Justiça de Nova York. Na decisão, o juiz Andrew Carter considerou “insuficiente” a proposta de Combs, devido ao histórico de violência, abuso de substâncias e à possibilidade de manipulação de testemunhas. Desde então, o rapper tem se declarado inocente.
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