Juliana Marins: Polícia do RJ aponta causa da morte de brasileira após nova autópsia e faz ressalva importante

Jovem morreu após uma queda na Indonésia

O resultado da nova autópsia de Juliana Marins trouxe detalhes importantes sobre a morte da publicitária, de 26 anos. O laudo do Instituto Médico-Legal do Rio de Janeiro, solicitado pela família e acompanhado por um perito particular, confirmou que a causa imediata foi uma hemorragia interna provocada por “lesões poliviscerais e politraumatismo, compatíveis com impacto de alta energia cinética”. O documento foi divulgado pelo g1 nesta terça-feira (8).

Segundo os peritos, Juliana sobreviveu por “no máximo de 10 a 15 minutos” depois do impacto, sem possibilidade de locomoção ou reação eficaz, e não houve sobrevida prolongada. O laudo também destaca que “pode ter havido um período agonal antes da queda fatal, gerando sofrimento físico e psíquico, com intenso estresse endócrino, metabólico e imunológico ao trauma”.

Os especialistas explicaram que, embora os ferimentos fossem letais em curto prazo, não descartam que fatores como “estresse extremo, isolamento e ambiente hostil” possam ter contribuído para a desorientação da jovem antes da queda. Não foram identificados sinais de violência física prévia, como contenção ou tortura, e a perícia considera que as marcas observadas no corpo são compatíveis com deslocamento após o impacto, possivelmente pela inclinação do terreno.

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Juliana Marins com o pai, a mãe e a irmã, durante viagem em família. (Foto: Reprodução/Instagram)

A perícia feita na Indonésia já havia indicado que Juliana morreu cerca de 20 minutos após a queda e que não houve hipotermia. O novo documento também destaca que não foi esclarecido o momento exato em que a queda ocorreu. O corpo foi encontrado quatro dias depois que ela caiu, e a condição de embalsamamento prejudicou a estimativa precisa do horário da morte.

Sobre o questionamento da família a respeito de um possível socorro imediato, os peritos fizeram a ressalva de que os “elementos para a resposta estão prejudicados”. O laudo também descreve lesões em crânio, tórax, abdome, pelve, membros e coluna, com comprometimento de órgãos vitais, além de lesões musculares e ressecamento nos olhos, sem indícios de uso de drogas ilícitas, desnutrição ou fadiga extrema.

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A jovem era apaixonada por viagens. (Foto: Reprodução/Instagram)

O corpo de Juliana chegou ao Brasil na terça-feira (1º), e passou por uma nova autópsia. O exame durou pouco mais de duas horas e foi realizado por dois peritos legistas, acompanhados de um perito médico da Polícia Federal e um assistente técnico representante da família. Recentemente, os pais da jovem revelaram que desistiram da cremação. Saiba os detalhes, clicando aqui.

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