O WhatsApp realmente está determinado a reduzir a propagação de fake news. Após testar uma nova ferramenta para combater as notícias falsas, a empresa decidiu implantar uma regra que já começa a valer a partir desta terça-feira (07).
O serviço de mensagens informou que, desde já, as mensagens que não forem criadas pelo usuário só poderão ser encaminhadas para um destinatário por vez. Por meio de uma nota, o WhatsApp ainda anunciou que passará a usar a sinalização de setas duplas para indicar que a mensagem recebida não foi criada por quem a enviou.
“Geralmente, as mensagens encaminhadas muitas vezes podem conter informações falsas e não são tão pessoais quanto as mensagens típicas enviadas pelos seus contatos no WhatsApp. Agora, atualizamos o limite de encaminhamento para que essas mensagens só possam ser encaminhadas para uma conversa por vez”, avisou o comunicado.
Segundo o WhatsApp, não é negativo que os usuários encaminhem informações úteis, vídeos divertidos, pensamentos ou orações. “Entretanto, temos visto um aumento significante na quantidade de mensagens encaminhadas que, de acordo com nossos usuários, podem contribuir para a disseminação de boatos e informações falsas”, explicou a empresa.
Desde janeiro de 2019, o número limite para mensagens encaminhadas já havia sido reduzido de 20 para cinco. “No ano passado, quando criamos o limite de encaminhamento para conter a disseminação de notícias falsas, ajudamos a diminuir em 25% o número de mensagens encaminhadas em todo o mundo”, afirmou a nota.
Outras soluções
Essa não é a primeira medida tomada pelo aplicativo para combater as fakes news. No final de março, o site “WA Beta Info” divulgou que a plataforma está testando uma nova ferramenta de combate às fake news.
Segundo o site, a novidade funciona por meio de um ícone de lupa, que aparece ao lado de mensagens que foram encaminhadas dentro do aplicativo. O usuário que estiver com dúvidas sobre o conteúdo, pode usar o botão para enviar a imagem, texto ou link ao buscador do Google e verificar se a informação contém dados verdadeiros.
Buscando manter a segurança, antes de começar o processo, o WhatsApp solicita a permissão do usuário para enviar o arquivo aos servidores do Google. Apesar de ainda não ter sido implementada, essa integração entre as duas plataformas já estaria em desenvolvimento há mais de um ano, afirmou o “WA Beta Info”.
Por enquanto, a nova função ainda está em sua versão beta e apenas um grupo de 10 mil pessoas pode usá-la para informar à empresa sobre possíveis erros e sugestões antes dela ser liberada para o público geral. Estima-se que, quando for lançada, a ferramenta beneficiará, ao todo, mais de 2 bilhões de usuários.
O combate às notícias falsas ainda envolve uma atenção da empresa para a diminuição dos boatos sobre o novo coronavírus. No dia 18 de março, em parceria com a Organização Mundial da Saúde (OMS), o UNICEF e o PNUD, o aplicativo liberou um site para ajudar os usuários com dúvidas sobre a doença.
Através do endereço https://whatsapp.com/coronavirus, o ‘hub de informações’, como é chamado oficialmente, fornece dicas de saúde, além de um guia de orientações sobre como utilizar o WhatsApp da melhor forma durante o período de quarentena e evitar a disseminação de fake news em relação à pandemia do coronavírus.
A área também possui dicas de profissionais de saúde, empresas, governo, educadores e ONGs. Em comunicado, o WhatsApp informou que está trabalhando com os principais órgãos de saúde, além do Ministério da Saúde, para fornecer informações confiáveis sobre o coronavírus no Brasil e no mundo, e disponibilizá-las no site.
Se você enviar uma mensagem para o número “+41 79 412 32 36” também é possível obter informações atualizadas sobre os últimos números da doença no mundo, modos de se proteger, notícias, conselhos de viagens e opções de doação diretamente da OMS.
Por fim, o WhatsApp ainda anunciou a doação de um milhão de dólares ao Instituto Pounter, que cuida da Rede Internacional de Verificação de Fatos (IFCN) para ajudar na verificação de rumores e boatos. A iniciativa chamada de #CoronaVirusFacts Alliance já abrange mais de 100 organizações e cerca de 45 países.