Após vídeo de briga em voo viralizar, testemunhas contam o que teria desencadeado confusão generalizada

Quinze pessoas tiveram que deixar o voo que partia de Salvador. A decolagem atrasou em uma hora por causa do ocorrido

Nesta quinta-feira (2), uma briga entre duas famílias em um voo que saía de Salvador, Bahia, com destino ao Aeroporto de Congonhas, em São Paulo, fez com que 15 pessoas fossem retiradas do avião e a decolagem atrasasse em aproximadamente uma hora. O registro da confusão viralizou nas redes sociais, com muitos questionando o motivo do desentendimento. Testemunhas, então, revelaram o que presenciaram na aeronave.

Nas imagens, pelo menos três mulheres aparecem trocando socos, tapas e até puxões de cabelo. Alguns passageiros tentaram separar a briga, mas não tiveram sucesso. Os comissários de bordo, então, tomaram a atitude de controlar o conflito. Neste momento, uma das mulheres chegou a saltar sobre a poltrona para atingir outra passageira. Assista ao vídeo completo abaixo:

https://twitter.com/MidiasSo/status/1621692387662696448?s=20&t=hF1ATPwbFf1VixUgeU0eGg

A web ficou em polvorosa para saber o motivo da confusão. “Aguardando alguém explicar o motivo da treta”, disse o influenciador Luscas. “Não sei como nunca peguei uma briga dessa em um avião”, escreveu uma internauta. “Se eu fosse aeromoça, ia logo forjar que o avião ia cair kkk A briga ia parar rapidinho”, afirmou outro.

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https://twitter.com/ipollyana_/status/1621610734827278336?s=20&t=3OI5NnSKqVqHxsW-3Q7fNg

https://twitter.com/danielltorress_/status/1621570345537884160?s=20&t=3OI5NnSKqVqHxsW-3Q7fNg

De acordo com o Estadão, pessoas que estavam no voo relataram que a treta começou quando a mãe de uma criança com autismo pediu para trocar de lugar com uma passageira, porque a filha gosta de sentar próximo a janela. Uma das testemunha, inclusive, chegou a falar com uma das protagonistas do barraco.

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“A passageira me contou que comprou o assento na janela e, quando chegou, outra mulher estava no assento, com uma criança. Ela pediu licença e a mulher falou que não sairia porque a filha gosta de ficar na janela”, iniciou ela. “A moça rebateu e a avó da menina entrou na ‘treta’. Ela foi irônica falando: ‘deixa a rainha ver as nuvens’. Daí os familiares foram levantando e começou a pancadaria. Teve mordida, tapa, murro e a mulher saiu só de sutiã”, acrescentou.

Ela ainda afirmou que um homem da família que estava com a criança teria agredido a mulher que tinha comprado o assento. Ele teria saído da aeronave algemado. No entanto, não foram revelados detalhes da identidade do homem ou dos desdobramentos da sua prisão. A mãe da garota ainda teria dito que iria esperar a passageira no aeroporto de São Paulo, ao que a moça teria rebatido: “Pois ela que me espere que eu vou terminar de quebrar com a cara dela”.

Em entrevista ao UOL, a testemunha falou que a mãe da garota se revoltou por ser retirada do avião, “gritando o tempo todo que a criança era autista e que tinha laudo”. “Um bom tempo depois retiraram a outra mulher com as filhas. Ela ficou esperando ao meu lado pelo próximo voo e me contou o que havia ocorrido, ela estava só de sutiã e com a boca machucada”, explicou.

A Gol, companhia aérea responsável pelo voo onde a confusão aconteceu, emitiu uma nota sobre o caso: “A cena do vídeo que circula nas redes sociais aconteceu antes da decolagem do voo G3 1659 desta quinta-feira (02/02) entre Salvador (SSA) e Congonhas (CGH), em São Paulo. As pessoas envolvidas que protagonizaram a cena de agressão foram desembarcadas e não seguiram viagem. A Companhia lamenta todo ato de violência e reforça que as ações realizadas pela equipe de tripulantes foram tomadas com foco na segurança, valor número 1 da Gol”.

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Pessoas com necessidades especiais tem direito a assistência durante voos, de acordo com as normas de aviação brasileira. Porém, é necessário o aviso das demandas especiais ser feito com antecedência para os direitos serem garantidos. De acordo com a Associação Brasileira das Empresas Aéreas (Abear), as empresas podem solicitar que o passageiro envie por e-mail um atestado médico completo ou um formulário de informação médica; a demanda é, então, autorizada conforme análise.

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