Fã de serial killers é acusada de matar namorado na Inglaterra; casa tinha fotos de assassinos famosos

Shaye Groves está sendo acusada de desferir 22 facadas no namorado até a morte, e teve de responder por seus gostos peculiares

Uma mulher com certo interesse em serial killers e histórias de crimes reais foi acusada de assassinar o namorado na cidade de Havant, Hampshire, na Inglaterra. Shaye Groves, de 27 anos, teria esfaqueado Frankie Fitzgerald, de 25, até a morte. O caso aconteceu em 17 de julho do ano passado, e está sendo julgado atualmente pela Corte britânica.

De acordo com o Daily Mail, Shaye teria usado uma adaga para dar 22 golpes em Fitzgerald enquanto ele dormia. Segundo procuradores, ela estava “obcecada com a performance dele no quarto”, e teria o atacado após descobrir que o rapaz estava trocando mensagens com uma garota de 13 anos. Uma antiga amiga, Vikki Baitup, contou que a suspeita teria feito uma chamada de vídeo para ela logo depois de golpear o jovem.

Shaye Groves supostamente teria feito uma chamada de vídeo rindo após esfaquear o namorado. (Foto: Reprodução/Facebook)

A testemunha contou que a ré “estava rindo” durante a ligação, que ela teria chegado a filmar o corpo da vítima e até mesmo dito: “Eu acabei com ele”. Passada a chamada de vídeo traumática, Baitup chamou a polícia. Assim que os agentes chegaram ao local, eles encontraram um cheiro “incrivelmente forte” de água sanitária no quarto.

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Decoração mórbida no quarto

O julgamento ainda trouxe à tona os gostos peculiares de Shaye. A mulher tem uma estante em formato de caixão, adagas “decorativas” e retratos de serial killers na parede de seu quarto – como Jeffrey Dahmer, Ted Bundy e Myra Hindley. Questionada perante à Corte, a ré teve de falar sobre sua decoração curiosa. [As imagens] são de um de artista do Etsy. Elas não são fotos – são arte. Eu achava que elas eram muito legais e é algo diferente. Eu também sou uma grande fã da Disney [mas] queria que meu quarto fosse completamente diferente e que chocasse as pessoas”, afirmou.

Fã de true crime, a acusada tinha uma série de retratos de serial killers em seu quarto. (Foto: Reprodução)

Ela ainda falou sobre as armas brancas exibidas no cômodo. “As facas estavam na minha parede por motivos decorativos”, alegou. Quanto à estante inusitada, Groves disse: “Aquele era o meu humor. Se eu morrer na cama, role meu corpo e me coloque em um caixão. Era o que eu costumava dizer”. A acusada definiu seu senso de humor como “dark, perverso e desagradável” para o resto da sociedade. A ré até admitiu que frequentemente faz piadas sobre estupro, assassinato e passar fome: “Tenho muitos pensamentos desagradáveis dos quais faço pouco caso”.

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Shaye também teve de se explicar sobre a suposta arma do crime, uma adaga celta. Ela, que se autodenomina pagã, contou que comprou o item para os seus “rituais”, mencionando que isso “fortaleceu suas conexões espirituais”. “Eu a mantive debaixo do meu travesseiro porque, um, é uma era coisa boa a se fazer porque traz conexão espiritual e, dois, por proteção. Eu me sentia segura em tê-la facilmente acessível, especialmente com o passar dos meses [com Frankie], respondeu ela.

Acusada se defende

Em outro momento do julgamento, os jurados descobriram que, pouco antes de sua morte, Frankie teria feito “uma piada” sobre como a namorada iria apunhalá-lo com a faca. “Teve uma ocasião em que ele perguntou se eu iria esfaqueá-lo (com a faca), mas foi num tom de brincadeira”, alegou ela.

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Diante da Justiça, Shaye negou ter cometido homicídio e alegou que apenas agiu em autodefesa. Ela afirmou que Fitzgerald tinha um vício em cocaína e que, frequentemente, ficava “realmente agressivo” quando estava entorpecido. A ré ainda mostrou ao júri um vídeo no qual afirmava que havia sido estuprada pelo namorado, que teria forçado uma relação sexual anal. No final da gravação, era possível ouvi-lo dizendo: “Aquilo foi um pouquinho estupro, não foi?”.

Shaye disse ter agido em autodefesa contra Frankie Fitzgerald, morto com 22 facadas. (Foto: Reprodução/Facebook)

Groves também falou sobre o assunto. “Eu acredito que ele sabia exatamente o que ele havia feito. Ele tinha me estuprado pelo ânus. Ele não pensou mesmo sobre os meus sentimentos. Foi muito doloroso. Eu me culpei na época porque, na verdade, eu não disse ‘não’. Era algo que eu só ignorei e coloquei para trás de nós”, relatou. Enquanto isso, o julgamento segue no Reino Unido.

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