Flay choca ao mostrar espinhas após ‘chip da beleza’ e detalha reações ao Fantástico: ‘Chip da feiura’; assista

Em entrevista ao Fantástico, neste domingo (16), Flay detalhou os danos do uso de hormônios e anabolizantes em seu corpo e pele

Neste domingo (16), a ex-BBB Flay participou do “Fantástico” e abriu o jogo sobre o uso de anabolizantes, especificamente a gestrinona, mais conhecida como o “chip da beleza”. Além de detalhar a época em que fez uso do hormônio, ela também mostrou os efeitos da substância em seu corpo, como o ganho de 10kg e as mudanças drásticas na pele.

Pouco antes da exibição do programa, a ex-confinada usou as redes sociais para compartilhar registros da época em que fazia uso da gestrinona. No clipe de alguns segundos, Flay aparece “cuidando da pele” com uma máscara facial, que esconde uma série de erupções cutâneas e espinhas.

“Quando eu usei o tal “chip da beleza”, ele foi indicado para mim sem maiores explicações e eu simplesmente confiei. Essa é a grande importância dessa matéria, alertar vocês sobre os efeitos catastróficos para que outras pessoas não caiam nessa cilada assim como eu”, escreveu Flay, nos Stories.

https://twitter.com/MidiasSo/status/1647935451704041473?s=20

Ao dominical, a vencedora do The Masked Singer Brasil contou que buscou o tal “chip de beleza” por sofrer com a comparação com outras pessoas. Ela então passou a investir em uma série de métodos e procedimentos para garantir seu bem-estar estético, além de auxiliar na perda de peso e ganho de massa muscular.

A cantora garantiu que, além de buscar acompanhamento médico, seguiu as orientações à risca. “Vinha essa promessa de emagrecimento, de ganho de massa, de melhora da pele, melhora da celulite”, revelou ao Fantástico.

No entanto, logo após começar o uso do anabolizante, o tal chip fez com que ela ganhasse 10kg na balança, perdesse cabelo e sofresse uma série de outros danos. “Minha pele foi minha maior tristeza. Meu rosto começou a encher completamente de espinha. Meu corpo inchando muito. Foi com o chip que eu ganhei dez quilos”, recordou Flay. “Foi o chip da feiura”, debochou ela.

Por fim, a ex-BBB reforçou que foi apenas após a interrupção do uso dos hormônios que finalmente atingiu o visual que desejava. “Quando o efeito do chip acabou, eu comecei a fazer uma dieta realmente, que funcionou, e fazer exercício físico sem o chip, ou seja, o chip estava me impedindo de emagrecer”, pontuou.

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Especialistas explicam os perigos do “chip da beleza”

Atualmente, é cada vez mais fácil encontrar tratamentos que prometem o “corpo perfeito” com a ajuda de hormônios e procedimentos estéticos. O chip da beleza – um implante de hormônios (geralmente composto por gestrinona ou testosterona) no tecido subcutâneo, que normalmente fica logo abaixo da camada superficial da pele – se tornou um dos procedimentos mais populares entre as mulheres.

No entanto, no final de 2021, a Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) proibiu a veiculação de propagandas de produtos que contenham gestrinona no Brasil, devido ao uso indiscriminado para fins estéticos. Já na última semana, o Conselho Federal de Medicina (CFM) proibiu que médicos recomendem esteroides anabolizantes para fins estéticos. De acordo com o CFM, a medida também ocorreu devido ao aumento do uso de forma indiscriminada.

Segundo especialistas consultados pelo Fantástico, os efeitos são de longo prazo. “Na Europa, [o chip da beleza] é um problema de saúde pública. Existem ambulatórios dedicados a pessoas que têm adicção por esteroides anabolizantes e precisam de cuidados para viver sem uso dessas medicações. A mesma coisa nos Estados Unidos. Em alguns países, a prescrição é proibida”, detalhou Paulo Miranda, presidente da Sociedade Brasileira de Endocrinologia.

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[O uso desses anabolizantes] aumenta os riscos de eventos tromboembólicos, o que gera derrame cerebral, pode gerar um infarto, temos efeitos epáticos, temos efeitos sobre fertilidade, nas mulheres temos alterações de voz, produções de pêlos em locais tipicamente masculinos”, apontou Miranda.

Clayton Macedo, coordenador do Núcleo de Endocrinologia do Exercício da UNIFESP, também alertou: “Isso faz com que o indivíduo tenha mais doença circulatória, morte prematura, temos casos de aumento do risco de câncer, especialmente no fígado e na próstata. O rim também pode ser acometido e pode ter, no cérebro, uma série de repercussões. A conclusão que nós [médicos] chegamos é que os danos [dos hormônios anabolizantes] são muito maiores que os ganhos”. Assista: 

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