Um adolescente de 17 anos, identificado como Leandro, morreu por suspeita de envenenamento no conjunto Dom Rufino, em Parnaíba, litoral do Piauí. A informação foi confirmada pela polícia nesta quarta-feira (1º). Segundo o delegado Renato Pinheiro, outras oito pessoas da mesma família, incluindo quatro crianças, foram hospitalizadas.
Inicialmente, a a Polícia Civil do Piauí (PCPI) relatou ao g1 que duas pessoas vieram a óbito: Leandro e uma criança de 2 anos. No entanto, durante uma coletiva de imprensa na Central de Flagrantes de Parnaíba, a corporação voltou atrás, constatando apenas a morte do adolescente.
Conforme o delegado Renato Pinheiro, a família passou mal ontem após ingerir peixes e arroz recebidos na noite de terça-feira (31). Todos foram socorridos e encaminhados para o Hospital Regional Dirceu Arcoverde (Heda).
“O Samu (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência) foi acionado e, quando chegou, uma das vítimas estava apresentando um quadro de convulsão. Iniciaram o atendimento e identificaram um possível envenenamento. Toda a família estava apresentando sinais de intoxicação. Parte dos peixes foi apreendida para a perícia ser feita”, explicou Pinheiro.
De acordo com o SAMU, o adolescente faleceu ainda na ambulância. Já na manhã desta quinta-feira (2), a assessoria da unidade de saúde declarou que dois adultos e uma criança continuam internados no hospital.
O dono da casa disse que eles comeram o peixe e demais alimentos de uma cesta básica, doada para eles no dia no Réveillon. Porém, segundo a PMPI, ele não lembra o nome do doador.
A corporação também listou as vítimas do suposto envenenamento, que incluem: o adolescente de 17 anos (morto); duas irmãs dele; o padrasto; uma mulher e seu filho, que também moravam na casa; e três crianças, filhas das irmãs do adolescente.
Perícia do IML analisa comida
O diretor do Instituto de Medicina Legal (IML), Antônio Nunes, confirmou que a perícia da Polícia Civil coletou material genético do estômago, sangue e urina de Leandro. Outras equipes colheram sangue e urina das vítimas internadas no Heda, que também serão analisados.
Uma equipe do IML também foi à residência da família e apreendeu os alimentos consumidos para determinar se há substâncias tóxicas neles. “Já conversamos com o delegado Renato Pinheiro e vamos envidar todos os esforços para que esse exame toxicológico saia o mais rápido possível”, garantiu Nunes à TV Clube, filial da Globo.
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