Marina Lima agradeceu aos fãs pelo apoio após o falecimento do irmão, Antonio Cícero. O poeta optou pela morte assistida, na Suíça, nesta quarta-feira (24). Nas redes sociais, a cantora, que só soube do procedimento na véspera, homenageou o irmão e ainda disse que “está bem”.
“Estou bem. Entendo meu irmão. Cícero foi coerente com tudo que pensava, desde o fim”, iniciou ela. “Eu fico por aqui. Ainda me sinto potente pra próxima parada. E obrigada gente, por tanto carinho“, agradeceu Marina. A cantora ainda fez menção ao show que fará no Rio de Janeiro, em 23 de novembro. “Nos veremos em breve no Circo Voador“, disse.
Logo depois, a cantora colocou um trecho da música “Próxima Parada”, que compôs com o Cícero. “Eu sei onde é que estão/ As coisas doces da estrada/ Você também/ E se a gente se encontrar/ Na Próxima Parada/ Aí meu bem/ Vamos mostrar/ Que a única morada de um homem/ Está no extraordinário/ Feroz é a nossa fome/ Feroz nosso céu/ E o fogo que nos consome/ Consuma esses medos seus“, escreveu.
“Ninguém vai nos trazer/ Nem recompensa, nem conta/ No final/ Ninguém vai nos dizer/ Pra nós o que é que conta/ E afinal/ Para esclarecer/ Prefiro pôr as cartas sobre a mesa/ Não dou meu desejo a Deus/ Feroz é a natureza/ Feroz todo céu/ E o meu coração festeja/ O encontro que aconteceu“, finalizou Marina.
Confira o post na íntegra:
Marcelo Pies, o marido de Cícero, revelou que o poeta planejava a morte assistida há um tempo, e vinha se preparando para o procedimento, mas “insistiu muito que ninguém soubesse“, de acordo com Lauro Jardim, colunista do jornal O Globo.
Originalmente, a data marcada seria em agosto de 2024, mas foi adiada devido aos compromissos de Pies com a série “Praia dos Ossos”. “Ele aceitou a contragosto o adiamento”, relatou. Após uma série de exames e trâmites legais, Antonio Cicero faleceu de forma tranquila, segurando a mão do marido. “Ninguém foi consultado. Antonio não queria. Ele só avisou ontem a irmã Marina [Lima], que ficou arrasada, mas entendeu e aceitou sua posição”, comentou.
O membro da Academia Brasileira de Letras (ABL), que vivia com mal de Alzheimer, ainda deixou uma carta de despedida, lamentando sobre a situação em que se encontrava. Veja: