Monique Medeiros, mãe de Henry Borel e ré pela morte do menino, disse para uma amiga que Leniel deveria “morrer“. A gravação é de 3 de outubro do ano passado, e foi exibida nesta quinta-feira (6), no jornal “RJTV2”, da TV Globo, após a volta de Monique para prisão. No áudio, Medeiros reclamou do que chamou de “vingança” por parte de Leniel, pai de Henry e uma das principais testemunhas de acusação no processo.
“Amiga, que homem desgraçado, cara. Olha… Meu Deus… Se eu encontro ele na rua, não sei o que eu faço não. Juro. Gosto nem de pensar. Ele é pior que o MP (Ministério Público) porque ele só quer vingança. Esse homem. É ódio puro no coração dele. Tinha que morrer, infartar, ter um câncer“, disse Monique para uma amiga. Ouça:
Monique Medeiros fala sobre Leniel Borel, pai de Henry pic.twitter.com/Ub9EaXi2uf
— WWLBD ✌🏻 (@whatwouldlbdo) July 7, 2023
Leniel comentou sobre a gravação e disse que Monique vem tentando criar um “personagem“. “Era muito difícil ver isso todo dia, receber esse tipo de informação dela que de alguma forma estava tentando criar um personagem. Monique vem tentando criar um personagem de mulher agredida, de vítima de violência doméstica e, por último, agora ela vem criando um personagem de que ela sofria comigo a mesma coisa que ela sofria com o Jairo, que ela era uma vítima e não a pessoa que causou tudo aquilo“, declarou.
A prisão
Na manhã desta quinta-feira (6), Monique Medeiros foi presa na casa da mãe em Bangu, Zona Oeste do Rio. A decisão partiu do ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal (STF), que analisou um recurso do pai de Henry. Segundo a decisão, Monique descumpriu medidas cautelares impostas pela Justiça para aguardar o julgamento em liberdade. Leniel pagou um oficial de cartório para monitorar as redes sociais da ex-mulher e comprovar que o perfil dela continuava ativo. A defesa de Monique negou.
Após a prisão, ela foi encaminhada para a 16ªDP da Barra da Tijuca e em seguida levada para o Presídio de Benfica, porta de entrada para o sistema prisional. Depois de Benfica, ela vai para o Instituto Penal Santo Expedito, em Gericinó, unidade onde ficou anteriormente custodiada. “Hoje ela está voltando para o lugar que ela nunca deveria ter saído“, disse Leniel após a prisão.
“É uma vitória para o povo brasileiro. É uma vitória para o processo. É uma vitória para a Justiça. Quero agradecer intensamente ao STF, ao ministro Gilmar Mendes, que vem fazendo justiça no caso do meu filho assertivamente em todas as fases do processo. Monique nunca era para ter sido solta e estar em liberdade“, acrescentou.
De acordo com Hugo Novais, advogado de Monique, ela não usou as redes sociais e não ameaçou nenhuma testemunha no momento da prisão domiciliar. “Estes fatos já foram esclarecidos há tempos, tratando-se de fake news“, disse.
Caso Henry
Henry Borel tinha 4 anos quando morreu em 8 de março de 2021. Ele estava no apartamento de Jairinho, então namorado de Monique, quando foi levado ao hospital, onde já chegou sem vida, segundo os médicos. Exames de necropsia mostraram que ele tinha 23 lesões no corpo e morreu decorrente a ação contundente e laceração hepática.
De acordo com o Ministério Público, Henry foi morto por motivo torpe, já que Jairinho acreditava que a criança atrapalhava o relacionamento com Monique. A pedagoga e Jairinho devem ir a júri popular para responder pelo crime, mas a data ainda não foi definida. Preso desde 2021 em Bangu 8, Jairinho teve vários pedidos de liberdade negados e também foi acusado de coagir testemunhas. Com isso, eles respondem por homicídio triplamente qualificado, tortura e coação.
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