Carolina Arruda, brasileira que foi diagnosticada com neuralgia do trigêmeo — a doença com a “pior dor do mundo”—, foi submetida a uma sedação profunda, ou “coma induzido”, nesta quinta-feira (14). Nas redes sociais, ela contou que a sedação com cetamina seria realizada após cinco cirurgias.
De acordo com a estudante de medicina veterinária, de 28 anos, o procedimento é uma tentativa de fazer seu cérebro “reiniciar” e voltar a responder aos medicamentos usados em seu tratamento.
“O objetivo dela [da sedação] é dar um descanso para meu corpo e para meu cérebro da quantidade de medicamentos que eu tomo, porque eu tomo muito medicamento hoje em dia, e eles já não fazem mais efeito. Então, a ideia é que meu corpo fique ‘adormecido’, sem medicamento, e que quando eu voltar a tomar medicamentos, talvez façam um pouco mais de efeito”, afirmou ela.

Na tarde desta quinta-feira (14), uma amiga de Carolina, Pri Guimarães, afirmou que a cirurgia foi um sucesso. “Agora é oficial, saiu o boletim médico, o marido da Carol me passou aqui a atualização. Realmente foi um sucesso a cirurgia, reabasteceram a bomba que ela usa, a cirurgia deu certo. Se Deus quiser, vai ter bons resultados. É o que a gente está aqui torcendo”, afirmou ela.
Equipe comunica que cirurgias de Carolina Arruda foi um sucesso. pic.twitter.com/G8yMcKnFu0
— WWLBD ✌🏻 (@whatwouldlbdo) August 14, 2025
Relembre o caso de Carolina
O quadro da veterinária começou quando ela tinha apenas 16 anos, e teve a primeira crise de neuralgia do trigêmeo. Na época, seus pais suspeitavam que a dor intensa estivesse relacionada a uma infecção por dengue. “Eu sentia uma dor muito forte do lado esquerdo do meu rosto. Eu me apoiava no sofá da minha avó e gritava de dor. Esperneava, batia as pernas e chorava de tanto que doía”, relembrou.
Depois que a hipótese de dengue foi descartada, a jovem procurou vários médicos em busca de um diagnóstico. O problema, no entanto, só foi identificado após ela passar por 27 especialistas e sofrer com as crises por quatro anos.

“É como se fossem facadas e choques elétricos no rosto. A dor dura de segundos a minutos, mas como são centenas de crises durante o dia, esses choques emendam um no outro e dói constantemente. As crises são tão fortes que, na maioria das vezes, eu desmaio e vomito bastante”, concluiu.
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