Brasileiras que foram presas injustamente após troca de malas são proibidas de viajar para os EUA e se pronunciam; assista

Kátyna Baía e Jeanne Paolini esclareceram a situação em um post nas redes sociais

As brasileiras Kátyna Baía e Jeanne Paolini, que foram presas injustamente na Alemanha, em março de 2023, após terem as malas trocadas por bagagens com drogas, foram proibidas de embarcar para os Estados Unidos. Nas redes sociais, elas revelaram que os vistos americanos foram cancelados por conta da prisão.

No vídeo, o casal explicou a situação. “Em função da prisão injusta, mais uma vez fomos vítimas, e os Estados Unidos cancelaram os nossos vistos. Já tem quase dois anos que nós fomos presas na Alemanha, devido ao golpe da mala, à falta de segurança no despacho de bagagem“, começaram.

As goianas ainda lamentaram o ocorrido, e contaram que a viagem estava planejada há meses. “Estamos nos recuperando, retomando as nossas vidas, curando as cicatrizes. Pagamos tudo, deixamos tudo organizado há mais de seis meses e, mais uma vez, uma frustração, em função da vulnerabilidade e da baixa segurança no Aeroporto de Guarulhos. Até quando isso vai acontecer?“, disseram.

Assista:

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Segundo o g1, Kátyna e Jeanne tentaram embarcar para Nova York na terça-feira (19) e, no Aeroporto Internacional de Guarulhos, foram informadas pela companhia aérea de que os vistos tinham sido cancelados.

Em nota, o aeroporto afirmou que questões de embarques ficam sob responsabilidade das companhias aéreas, e não se manifestou sobre as acusações. Já o Consulado dos Estados Unidos declarou que a Lei de Imigração e Nacionalidade (INA) os proíbe de falar sobre casos individuais de vistos.

Kátyna Baía e Jeanne Paolini tiveram as malas trocadas por bagagens com drogas no Aeroporto Internacional de São Paulo, em Guarulhos, o maior do Brasil, em março de 2023. Elas ficaram presas injustamente por 38 dias, em Frankfurt.

Na bagagem registrada nos nomes delas foram encontrados 40 quilos de cocaína. A prisão só foi desfeita semanas após o ocorrido, já em abril do ano passado, quando a polícia do Brasil concluiu a investigação que confirmou a ação da quadrilha no aeroporto. Em dezembro, segundo as advogadas Luna Provázio e Chayane Kuss ao g1, as brasileiras foram consideradas inocentes pela Justiça alemã e o processo foi encerrado de forma definitiva.

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A ação foi coordenada por uma quadrilha de funcionários terceirizados do aeroporto de Guarulhos. Eles trocavam as etiquetas de bagagens embarcadas para que drogas fossem levadas para a Europa. Em julho de 2023, a Polícia Federal prendeu 17 pessoas envolvidas no esquema.

O “Fantástico” expôs a sequência de crimes, acompanhando a rotina dos criminosos e apontando quem participava. Segundo os policiais, a troca de bagagens no voo para Alemanha não foi a primeira. Em 23 de outubro de 2022, a quadrilha conseguiu enviar 43 quilos de cocaína para Lisboa, mas ninguém apareceu para pegá-la. As imagens também registraram outro caso, quando eles fizeram um envio da mesma droga para Paris, onde dois criminosos tentaram subornar um funcionário do aeroporto.

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