Caso de brasileiras presas injustamente após troca de malas tem desfecho na Justiça alemã; saiba detalhes

Um processo contra Kátyna Baía e Jeanne Paolini ainda corria no país europeu

Nesta semana, o Ministério Público da Alemanha encerrou as investigações contra Kátyna Baía e Jeanne Paolini, que tiveram as malas trocadas por bagagens com drogas no Aeroporto Internacional de São Paulo, em Guarulhos, o maior do Brasil. O caso aconteceu em março deste ano e elas ficaram presas injustamente por 38 dias em Frankfurt.

Na bagagem registrada nos nomes de Kátyna e Jeanne foram encontrados 40 quilos de cocaína. A prisão só foi desfeita semanas após o ocorrido, já em abril, quando a polícia do Brasil concluiu a investigação que confirmou a ação da quadrilha no aeroporto. Agora, segundo as advogadas Luna Provázio e Chayane Kuss ao g1, as brasileiras foram consideradas inocentes pela Justiça alemã e o processo foi encerrado de forma definitiva.

Apesar de já estar em solo nacional há cerca de oito meses, um processo contra o casal ainda tramitava no país europeu. “As investigações foram encerradas porque elas foram consideradas inocentes. A partir desse momento, a gente vai entrar com os processos pedindo reparação de todos os níveis que elas merecem”, explicou Chayane.

Nas redes sociais, Kátyna e Jeanne agradeceram a atuação das advogadas, uma no Brasil e a outra na Alemanha. “Se hoje desfrutamos da nossa liberdade, temos a Justiça de Deus acima de tudo e esses nossos anjos em terra que lutaram, defenderam e defendem nossa inocência. Muito obrigada meus amores por lutar bravamente por nós. Vocês são incríveis”, escreveu Kátyna.

(Foto: Reprodução/ Instagram)

Mesmo com o desfecho, as duas pretendem processar o governo e a polícia alemã. “Vários direitos foram negligenciados. Pode ter certeza que vão pagar pelo que fizeram”, afirmou Kátyna, em julho, em entrevista à TV Bandeirantes. Segundo ela, as autoridades locais agiram com “truculência e xenofobia”. “Era impressionante como eles tratavam as latinas diferente das europeias. Eles nunca acreditaram na nossa inocência”, lamentou.

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A ação foi coordenada por uma quadrilha de funcionários terceirizados do aeroporto de Guarulhos. Eles trocavam as etiquetas de bagagens embarcadas para que drogas fossem levadas para a Europa. Em julho, a Polícia Federal prendeu 17 pessoas envolvidas no esquema.

No mesmo mês, o “Fantástico” expôs a sequência de crimes, acompanhando a rotina dos criminosos e apontando quem participava. Segundo os policiais, a troca de bagagens no voo para Alemanha não foi a primeira. Em 23 de outubro de 2022, a quadrilha conseguiu enviar 43 quilos de cocaína para Lisboa, mas ninguém apareceu para pegá-la. As imagens também registraram outro caso em 3 de março deste ano, quando eles fizeram um envio da mesma droga para Paris, onde dois criminosos tentaram subornar um funcionário do aeroporto.

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