Nesta segunda-feira (23), o motorista do caminhão suspeito de ser o causador de um acidente trágico na BR-116, em Minas Gerais, se entregou à polícia. No entanto, após ser ouvido pelo delegado do caso, o homem, identificado como Arilton Bastos Alves foi liberado, segundo o g1. O acidente ocorreu na madrugada de sábado (21) e resultou na morte de pelo menos 41 pessoas.
A Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG) esclareceu por que o suspeito não permaneceu detido. “Uma vez que a representação pela prisão preventiva do suspeito, formulado pela PCMG, foi indeferida pela Justiça e que não estavam mais configuradas as hipóteses taxativas de prisão em flagrante (artigo 302 do Código de Processo Penal), o motorista foi liberado“, comunicou a organização.
Arilton teve a habilitação apreendida em 2022, quando foi flagrado em uma blitz da Lei Seca, em Mantena, no Vale do Rio Doce, e se recusou a fazer o teste do bafômetro. Desde então, ele estava sem autorização para dirigir, embora tenha seguido com o veículo na data do acidente.
O homem de 49 anos, natural do Espírito Santo, havia sido considerado foragido após deixar o local do acidente. “As investigações sobre o caso continuam, e mais informações sobre o inquérito serão fornecidas em momento oportuno“, relatou a PCMG.
O acidente aconteceu na madrugada de sábado (21), por volta das 3h30, no km 285 da BR-116, em Lajinha, distrito de Teófilo Otoni. De acordo com o Corpo de Bombeiros, a colisão envolveu três veículos: um ônibus da empresa Emtram, um carro de passeio e uma carreta carregada com blocos de granito. O ônibus havia saído de São Paulo na sexta-feira (20), em direção a Vitória da Conquista, na Bahia.
O agente da PRF Fabiano Santana, que esteve no local, classificou o ocorrido como “uma tragédia sem precedentes para a região” e informou que a maior parte das mortes foi causada pelo incêndio do ônibus. A polícia ainda analisa o que causou as chamas.