O cantor sertanejo João Vitor Malachias foi detido neste domingo (8) por suposto envolvimento na morte de sua ex-namorada, a dentista Bruna Angleri, de 40 anos. O crime aconteceu em Araras, interior de São Paulo, mas o artista foi preso em Ribeirão Preto, no caminho para Goiás. Ele teve a prisão temporária decretada e, ao ser perseguido por policiais, percorreu 32 km a pé por canaviais da região.
João é acusado de assassinar e carbonizar Bruna no dia 27 de setembro. De acordo com a polícia, a dentista foi severamente agredida e baleada no rosto. O corpo dela foi encontrado em sua residência. O cantor chegou a prestar depoimento em setembro, mas alegou ser inocente.
O mandado de prisão temporária foi emitido na última sexta (6), quando houve a perseguição policial pela rodovia Anhanguera (SP-310). O homem conseguiu fugir. Depois disso, ele chegou a se pronunciar através de uma postagem no Facebook. Ele disse na nota que fugiu porque estava desesperado e que se entregaria se houvesse um pedido de prisão contra ele. A publicação foi deletada pouco tempo depois.
Segundo os agentes, João foi encontrado em um posto de combustíveis enquanto esperava uma carona para fugir para Goiás. O cantor passou a noite preso e foi apresentado nesta segunda-feira (9) a um juiz para audiência de custódia. Uma arma 9 mm foi apreendida com um amigo do suspeito. A polícia solicitou um exame de confronto balístico.
O advogado de defesa do cantor, Wagner Moraes, afirmou que pelo processo estar em segredo de Justiça, não pode dar detalhes do caso. Porém, seguiu alegando a inocência do suspeito. “Já no primeiro dia ele se apresentou, prestou depoimento, disse onde e com quem estava quando teria havido o fato e entregou seu celular à polícia para ser averiguado. Como havia grande comoção e ele estava sendo ameaçado de várias formas, ele tentou sair da cidade, pois até então não havia saído a prisão provisória”, declarou.
João tem um filho de seis anos. A mãe da criança já havia registrado boletins de ocorrência contra ele. A mulher o acusou de ameaça, perseguição e também solicitou uma medida protetiva à polícia.
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