Hugo Gloss

Caso de homem que fingiu passar mal para não pagar conta em bar em GO tem reviravolta na Justiça; saiba detalhes

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Fotos: Keagan Henman; Drew Beamer para unsplash.com

Na noite do último sábado (16), a Polícia Militar prendeu um homem sob a acusação de ter fingido passar mal para não pagar a conta dos seus gastos em um bar, que totalizava R$ 6.275,00 – contando a taxa de serviço. Já nesta segunda-feira (18), de acordo com o G1, uma reviravolta se deu na sentença de Ruan Pamponet Costa. Além disso, foram descobertos processos envolvendo o nome do suspeito em outros estados.

A juíza Maria Antônia de Faria concedeu liberdade provisória ao suspeito e retirou o pagamento da fiança de R$ 10 mil, que havia sido determinado há dois dias pela juíza Lívia Vaz da Silva.

“O não recolhimento da fiança, aliada a presunção de miserabilidade em que se encontra o investigado, vez que afirma ser ‘barman’, além de estar assistido pela Defensoria Pública do Estado de Goiás, demonstram a necessidade de concessão da liberdade provisória sem o recolhimento da referida quantia”, escreveu a magistrada. Por decisão judicial, o suspeito também está proibido de frequentar bares para evitar novos calotes.

Novas acusações

Hoje (19), o UOL reportou que Ruan Pamponet Costa é suspeito de ter praticado golpes em pelo menos oito estados diferentes. Segundo a publicação, o nome de Ruan consta em pelo menos 41 processos no site JusBrasil. Entre as acusações, estão crimes de estelionato, crimes contra o patrimônio histórico nacional e fraudes variadas em cidades como Pipa (RN), Águas Claras (DF), Maceió (AL) e Ilhabela (SP), todas conhecidas pelo turismo regional intenso.

Em 2018, ele foi condenado a um ano de reclusão por se passar por gerente de uma loja de suplementos e forjar a venda de R$ 1 mil em produtos que não foram entregues, no Distrito Federal. Já em 2019, em Caldas Novas (GO), ele foi acusado de se passar por jogador de futebol do “Goiás Esporte Clube” e consumido mais de R$ 1 mil em bebidas alcoólicas ao lado de seus “seguranças”. No momento de quitar a dívida, ele teria alegado que não tinha dinheiro suficiente e foi processado pelo estabelecimento.

Em abril de 2021, Ruan foi preso em flagrante por aplicar um golpe no restaurante Seu Tito, em Pernambuco. De acordo com o depoimento da gerente do local, o prejuízo foi de R$ 3.751,00, já que ele teria pedido somente os itens mais caros do cardápio. “Ele passou o dia sentado numa mesa na companhia de umas meninas e, daí, começou a pedir vodka, gin, espumante, diversas coisas que estão na nota. Até um florista, ele ofereceu flores para as meninas e pediu para eu incluir na conta, porque ele queria pagar tudo no final”, afirmou a moça.

Ao ser cobrado pelos funcionários, o homem confirmou que não tinha como pagar. A polícia foi chamada e, quando as autoridades chegaram, testemunhas afirmaram que Costa arremessou todos os documentos em um vaso sanitário para não ser identificado. O homem foi condenado a dois anos de reclusão. Em novembro, ele recebeu um alvará de soltura e se comprometeu a pagar o valor total da dívida.

Ruan pedia os itens caros dos cardápios. (Foto: Unsplash)

Relembre o caso

Ruan Pamponet Costa foi preso em Goiânia, após fingir que estava passando mal para não pagar a conta caríssima de um restaurante. Pelo que consta no pedido, a noite foi regada por diversos pratos finos com camarão e picanha, mas ficou “salgada” mesmo por causa das bebidas. Duas garrafas de whisky teriam sido consumidas, no valor total de mais de R$ 2 mil, enquanto diferentes garrafas de gim custaram mais de R$ 200.

Em depoimento para a polícia, o gerente do bar – localizado no Setor Marista, região reconhecida pelos estabelecimentos famosos da cidade – explicou que Ruan não consumiu tudo sozinho. Ele chegou acompanhado de um amigo e algumas mulheres, mas pouco tempo depois todos foram embora e restou apenas o suspeito. Antes mesmo de receber a conta, Costa se levantou e disse que precisava ir embora por estar se sentindo mal.

Preocupado, o funcionário chamou uma ambulância do Corpo de Bombeiros para fazer o atendimento, mas foi surpreendido quando os profissionais relataram que Ruan estava apenas fingindo. O gerente então questionou como o cliente faria para pagar a conta, mas ele respondeu que não tinha dinheiro.

Conta mostra os diversos gastos feitos na noite. Foto: Reprodução

No processo ainda consta que quando os policiais militares chegaram ao bar, o suspeito se negou a fornecer corretamente a sua identificação e também se recusou a assinar um Termo Circunstanciado de Ocorrência (TCO).

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