Hugo Gloss

Caso Djidja: Justiça toma decisão sobre envolvimento de mãe e irmão na morte da ex-sinhazinha

Ademar e Cleusimar Cardoso, irmão e mãe de Djidja Cardoso, e outras cinco pessoas foram condenados por tráfico de drogas e associação ao tráfico pela Justiça do Amazonas, nesta terça-feira (17). Ainda cabe recurso à decisão. A ex-sinhazinha foi encontrada morta em maio, em Manaus, e a polícia suspeita de overdose de cetamina. O laudo oficial não foi divulgado pelo Instituto Médico Legal (IML).

Além da mãe e do irmão da vítima, Bruno Roberto, ex-namorado de Djidja, dois suspeitos de fornecer cetamina (droga sintética usada em humanos ou animais, que pode causar alucinações e dependência), um coach que se passava por personal trainer e uma gerente da rede de salões de beleza da família foram condenados pelo juiz Celso de Paula, da 3ª Vara de Delitos de Tráfico de Drogas do Amazonas.

Djidja Cardoso ao lado da mãe e do irmão, Cleusimar e Ademar, respectivamente (Foto: Reprodução/Instagram)

Entenda as condenações:

  1. Cleusimar Cardoso Rodrigues, mãe de Djidja
  2. Ademar Farias Cardoso Neto, irmão de Djidja
  3. José Máximo Silva de Oliveira, dono de uma veterinária que fornecia a cetamina
  4. Sávio Soares Pereira, sócio de José Máximo na clínica
  5. Hatus Moraes Silveira, coach que se passava por personal da família
  6. Verônica da Costa Seixas, gerente de uma rede de salões de beleza da família
  7. Bruno Roberto da Silva Lima, ex-namorado de Djidja

Todos foram condenados por tráfico de drogas e associação ao tráfico. A sentença foi de 10 anos, 11 meses e 8 dias de prisão. Três réus do processo foram absolvidos por insuficiência de provas. Emicley Araújo Freitas Júnior era motoboy da clínica veterinária de José Máximo e Sávio, já Claudiele Santos da Silva e Marlisson Vasconcelos Dantas eram funcionários do salão de beleza da família.

Morte e prisões

Após a morte de Djidja Cardoso, foi revelado que seu irmão Ademar e sua mãe Cleusimar já estavam sob investigação há mais de um mês devido ao envolvimento com o grupo religioso “Pai, Mãe, Vida”. A polícia suspeitava que a “organização religiosa” forçava o uso de cetamina para que os membros alcançassem uma falsa “plenitude espiritual”.

Ampolas de cetamina foram encontradas tanto na casa de Djidja, quanto em salões de beleza da família. No dia 30 de maio, dois dias após a morte de Djidja, Cleusimar, Ademar e outros três funcionários da empresária foram presos pela Polícia Civil.

Em 26 de julho, a Justiça do Amazonas aceitou a denúncia do Ministério Público (MP) contra Cleusimar, Ademar e o ex-namorado de Djidja, Bruno Roberto da Silva, por tráfico de drogas, tornando-os réus. Outras sete pessoas também foram denunciadas pelo mesmo crime.

Djidja Cardoso. (Foto: Reprodução/Instagram)
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