Aconteceu nesta quarta-feira (6), a primeira audiência do julgamento dos acusados de matarem Henry Borel, no dia 8 de março deste ano – o padrasto do menino, Dr. Jairinho, e a mãe do garoto, a professora Monique Medeiros. O casal responde pelo crime de homicídio triplamente qualificado.
Também participou da audiência, Leniel Borel, pai da vítima. Durante seu depoimento no 2° Tribunal do Júri da Capital, ele afirmou que tem sido ameaçado de forma velada desde a morte do herdeiro e atribuiu a intimidação ao réu, Jairo Souza Santos Junior. O primeiro desses episódios, segundo Leniel, teria acontecido após conceder uma entrevista à TV Globo sobre a morte do filho de 4 anos.
“Acho que foram ameaças veladas. O carro que fui levar meu filho pela última vez apareceu escrito: ‘filho da p*ta’. Depois, um cara gordinho, de máscara, apareceu na minha casa dizendo que era meu amigo e trabalhava embarcado comigo. Eu nem trabalho mais embarcado. Acho que, sabendo como o Jairo intimida as pessoas, foi uma ameaça do tipo: ‘sei onde você mora'”, contou Borel.
Esta, entretanto, não foi a única situação relatada por Leniel. O pai de Henry disse que, recentemente, foi perseguido por um carro de polícia e abordado, sem justificativa, na entrada do condomínio onde mora. “Um carro da polícia seguiu o carro em que eu estava, com a sirene desligada, perto do meu condomínio. Eu fui fechado por esse carro de polícia na entrada do condomínio e perguntei o que estava acontecendo. Eles disseram que não era nada e que eu podia entrar, foi intimidante. E eu entendi aquilo como ameaça”, finalizou.
As próximas audiências do caso foram marcadas para os dias 14 e 15 de dezembro.