O diretor de uma escola em Inhumas, Goiás, foi afastado da instituição devido à acusações de assédio e importunação sexual. De acordo com trechos da investigação divulgados pelo g1, nesta sexta-feira (8), o homem de 52 anos pedia favores sexuais a uma aluna de 15 anos em troca do aumento de notas.
O caso veio à tona quando a adolescente reclamou do comportamento do professor com os pais. Segundo o depoimento, ele beijava as mãos e o rosto da menor sem o seu consentimento, além de oferecer “aulas particulares”. A jovem também reclamava que o suspeito a constrangia e ligava constantemente para ela, sempre perguntando se estava na presença dos responsáveis.
O diretor negou as acusações e alegou que “tem forma carinhosa de cumprimentar as pessoas”. A polícia acredita que ele usava o cargo para importunar a adolescente dentro do próprio colégio. Ontem (7), os agentes cumpriram um mandato de busca e apreensão. O homem também foi proibido de se aproximar da aluna ou frequentar a escola por 30 dias, correndo o risco de ser preso, caso desrespeite a ordem.
O delegado Miguel Mota, que investiga o caso, ainda acredita que outras estudantes possam ter sido vítimas do diretor. Para ele, os abusos começaram há anos. “Uma nova vítima já foi identificada, mas na minha opinião existem mais. Talvez elas estejam um pouco constrangidas ou ficaram constrangidos na ocasião de vir até a delegacia e relatar esse fato. Mas agora eu creio que vão tomar coragem de vir relatar”, afirmou o delegado.
Mota ainda fez questão de detalhar os crimes: “No assédio, ele constrange a vítima para obter um favorecimento sexual se valendo de uma posição hierarquicamente superior. No caso da importunação sexual, seria essas condutas de passar a mão, beijar, sem consentimento. Se houver emprego de violência e grave ameaça, qualquer coisa nesse sentido, aí já é estupro”.
Se as acusações forem comprovadas, o professor será indiciado pelos crimes de importunação sexual e assédio sexual, com o agravante de ter praticado contra uma vítima menor de idade.