Nesta quarta-feira (20), Mariana Perdomo, proprietária da Perdomo Doces, doceria em Goiânia (GO), desabafou nas redes sociais após ser alvo de uma investigação. Em publicação nas redes sociais, a empresária confessou estar aliviada após a prisão da principal suspeita de ter envenenado Leonardo Pereira Alves, de 58 anos, e sua mãe, Luzia Tereza Alves, de 86. Eles passaram mal após comerem uma sobremesa da confeitaria e acabaram morrendo horas mais tarde.
O caso aconteceu por volta das 10h de domingo (17), quando as vítimas consumiram o bolo da Perdomo no café da manhã. Os dois apresentaram sintomas como vômitos, diarreia e dores abdominais e foram a óbito pouco depois. Maria Paula Alves, a médica que é filha de Leonardo, expôs o caso nas redes sociais, o que acabou por levantar suspeitas contra a doceria. Muitos internautas apontaram que eles teriam sido vítimas de envenenamento pelo estabelecimento.
Na sequência, a confeiteira Mariana Perdomo se defendeu através de uma nota nas redes sociais e garantiu que 346 mil unidades dos produtos da mesma categoria foram comercializadas e nenhuma ocorrência similar foi registrada. A investigação revelou que, de fato, a Perdomo Doces não teve qualquer relação com o óbito. De acordo com o delegado Carlos Alfama, é possível até que os venenos não estivessem nos bolos e sim em sucos consumidos por Leonardo e Luzia.
Nesta quarta-feira (20), a Polícia Civil de Goiânia prendeu a principal suspeita de ter envenenado as vítimas. De acordo com a TV Anhanguera, afiliada da TV Globo em Goiás, a mulher foi identificada como Amanda Partata Mortoza. Ela é advogada e ex-nora de Leonardo.
Com a prisão, Mariana foi às redes e disse estar aliviada com o esclarecimento do caso. Em vídeo publicado, ela aparece orando junto aos funcionários da doceria e agradece o apoio dos clientes. “O alívio chegou aos nossos corações através de abraços, sorrisos e olhares sinceros de cada um de vocês que depositaram a sua confiança em nós. Vocês são as respostas das minhas orações. Não sei se conseguirei algum dia retribuir todo amor, carinho e apoio que recebi, porque em meio a tantos questionamentos e boatos maldosos, corações bondosos e justos permanceram do nosso lado em busca pela verdade. É minha responsabilidade honrar a sua confiança e mais uma vez reafirmo o meu firme compromisso com excelência e principalmente com a transparência com cada um de vocês. Juntos nós provamos que a verdade sempre irá prevalecer”, concluiu.
Na legenda, a confeiteira acrescentou: “Agradeço profundamente pela confiança depositada, e pelo compromisso inabalável com a verdade. A cada abraço, sorriso e olhar sincero, as respostas às orações se materializa. A responsabilidade é honrar cada gesto de apoio com excelência e transparência”. O vídeo mostra clientes, amigos e familiares em um drive thru em frente à doceria em solidariedade à empresária, que sofreu ataques após as mortes.
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Relembre o caso
Leonardo e sua mãe morreram na última segunda-feira (18), após consumirem o bolo da Perdomo Doces de café da manhã, no dia anterior. Ele trabalhava na Polícia Civil como assistente de gestão administrativa e era lotado na Delegacia de Repressão a Furtos e Roubos de Veículos Automotores de Goiás. Em seu Instagram, a filha do policial, Maria Paula Alves, lamentou a perda do pai e da avó, e descreveu o que eles passaram. Segundo ela, os dois teriam apresentado vômito, diarreia e dores abdominais após comer “um alimento comprado em um estabelecimento famoso e bem credificado”.
“Vomitou sem parar, por horas, buscou atendimento médico e, quando eu soube da situação, já havia ocorrido uma série de complicações que acabaram levando a óbito. Entre o primeiro sintoma até seu último suspiro não teve nem 12 horas”, relatou Maria Paula. “Minha vovó passou mal junto com meu pai, foi internada no mesmo momento, mesma UTI, aguentou mais tempo, mas hoje de madrugada foi acompanhar o meu papai no céu”, acrescentou sobre a avó.
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Apesar de Maria ter enfatizado o fato de não saber o que teria acontecido com os parentes, muitos internautas apontaram que eles teriam sido vítimas de envenenamento e acusaram a responsável pelo estabelecimento.
O Procon de Goiás foi acionado após as mortes e agentes foram à loja na própria segunda-feira. No entanto, nada de errado foi encontrado. “Os profissionais verificaram informações contidas nas embalagens, datas de fabricação e validade, acomodação e refrigeração dos doces e, nesta ocasião, não foi constatada nenhuma irregularidade nos produtos fiscalizados”, explicou o órgão.
Nesta quarta-feira (20), a Polícia Civil de Goiânia prendeu a principal suspeita de ter envenenado Leonardo e Luzia. A mulher foi identificada como Amanda Partata Mortoza, que é advogada e ex-nora de Leonardo.
Em seu perfil nas redes sociais, Amanda diz ser psicóloga e terapeuta cognitivo-comportamental. No entanto, o jornal O Globo afirmou que seu nome não consta no Cadastro Nacional. Até o momento, a defesa da suspeita ainda não se manifestou.
Apesar de não ter divulgado muitas informações sobre a investigação, como a motivação para o crime e os indícios que levaram à prisão de Amanda, a Delegacia de Homicídios informou que o inquérito policial tem “mais de 150 páginas de uma investigação minuciosa”. Saiba mais detalhes, clicando aqui.
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