O corpo de uma professora foi encontrado enterrado e concretado na casa em que ela vivia em Nova Iguaçu, na Baixada Fluminense. Familiares já haviam relatado o desaparecimento de Ana Júlia Alvarenga, que tinha apenas 22 anos. Já nesta quarta-feira (18), o engenheiro Jessé de Souza Cunha, seu marido, foi preso em flagrante, acusado do assassinato da mulher.
De acordo com o G1, familiares da professora estranharam a ausência dela e contaram com a ajuda de Cunha para procurá-la. O homem até mesmo registrou o desaparecimento de Ana Júlia na delegacia. Quando os policiais checaram as câmeras de segurança do trajeto que ela fazia até o trabalho, eles se depararam com os registros dela descendo do ônibus e entrando em casa na última segunda-feira (16), no bairro Corumbá, de onde não saiu mais.
Depois de rastrearem o sinal do celular da professora, as autoridades encontraram mais suspeitas. “Alguém usou o celular dela, enviou mensagens na manhã do dia 17, e o que temos até agora é que ela já estaria morta neste momento. Eram mensagens como se ela tivesse traído ele e falando que precisava de um tempo, talvez para justificar o desaparecimento. Só que isso chamou atenção da família, pois não seria da natureza dela, nem a traição, nem o desaparecimento sem entrar em contato com ninguém”, relatou o delegado Willians Batista ao UOL.
A polícia foi até a casa do casal, que estava em obras, quando descobriram o corpo enterrado em um dos cômodos. Depois de uma perícia, constatou-se que aquele era o corpo de Ana Júlia. Jessé, por sua vez, logo foi preso em flagrante.
“Ele prestou dois depoimentos antes de ser preso. Um no dia, pois ele foi um dos comunicantes sobre o desaparecimento, o que começou a despertar estranheza na gente, e outro ontem, já depois que a gente tinha o rastreamento do telefone dela e a informação do cartão de passagem indicando que ela foi para casa. Ele sempre negou participação no desaparecimento, mas depois que confirmamos que o corpo foi encontrado na casa deles, ele não falou mais nada”, citou o delegado.
O engenheiro responderá pelos crimes de feminicídio e ocultação de cadáver. Ele passará por uma audiência de custódia e, então, ficará à disposição da Justiça.