Estudante da UFMG é encontrada em estado grave em Campus, e entra em coma; polícia investiga

Juliana Vieira Ferreira Ribeiro segue em coma e sem um diagnóstico, após ser encontrada por outras estudante

UFMG

Na última quinta-feira (14), uma estudante da Universidade Federal de Minas Gerais, de 21 anos, foi encontrada desacordada dentro das dependências da instituição. Segundo relatos, Juliana Vieira Ferreira Ribeiro deixou os amigos em um bar próximo ao Campus da Pampulha, em Belo Horizonte, e não voltou mais. Em uma publicação feita nas redes sociais esta semana, uma amiga da jovem contou detalhes do ocorrido e pediu a mobilização dos estudantes para encontrar respostas. Juliana segue internada em “estado grave”.

Junto com os colegas de turma, a universitária comemorava o fim do semestre letivo quando, por volta das 21h40, foi buscar água. Ela foi encontrada às 22h05, já na universidade, por outra aluna. De acordo com a nota da UFMG, a Divisão de Segurança Universitária foi acionada para auxiliar no socorro da jovem, que foi levada pelo Samu ao Hospital João XXIII. De acordo com o relato da madrasta, Cristiane Rodrigues, os exames descartaram a presença de drogas no organismo de Juliana e detectaram baixo teor alcóolico.

Um motorista do Serviço Móvel de Urgência (Samu) contou que, pouco antes de a corporação ser acionada, um grupo foi visto carregando “uma pessoa de estatura pequena e vestes pretas”, o que bate com a descrição de Juliana no dia em que foi encontrada. Como ela não estava em condições de atravessar a rua, a suspeita dos familiares é que este grupo a tenha carregado para o outro lado.

Ao portal BHAZ, a madrasta revelou que a jovem estava sentindo dificuldade para falar e respirar. “Ela estava entrando na portaria da Antônio Carlos e, a 200 metros da faculdade, uma menina a viu cambaleando e apressou o passo. Perguntou se ela precisava de ajuda, mas a Juliana tentava falar e não conseguia. Caiu três vezes, e na terceira não acordou mais”, contou Cristiane. A estudante que encontrou Juliana no Campus também afirmou que ela “não apresentava sinais de embriaguez, mas estava rígida e com os olhos estatelados”.

“Quando a encontraram, os amigos fizeram os primeiros socorros e ligaram para o Corpo de Bombeiros. Como demorou muito, ligaram novamente e foi solicitado que ligassem para o Samu. Então ela ficou sem atendimento por um tempo. Não sabemos o que aconteceu ou se ela disse o que estava sentindo para alguém. Ela estava sozinha, não conseguimos desbloquear o celular dela”, disse a madrasta.

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Uma hipótese levantada pela família é de que a jovem possa ter ingerido dipirona, mesmo sendo alérgica ao medicamento. No entanto, os médicos ainda não confirmaram nada. “Nosso objetivo ao compartilhar a história era de conseguir chegar em possíveis respostas, mas não as obtivemos até o momento. Recebemos apenas comentários maldosos de pessoas que, com certeza, não entendem a gravidade e desespero da situação”, afirmou uma parente da jovem ao UOL.

Juliana foi transferida do Hospital João XXIII para o Hospital Vila da Serra, onde segue em coma.

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Em nota, a UFMG lamentou o ocorrido e afirmou que segue à disposição da família para novos esclarecimentos. “A Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) lamenta o acidente ocorrido com a estudante Juliana Vieira Ferreira Ribeiro, na última quinta-feira, 14 de julho. Por volta das 22h15, a Divisão de Segurança Universitária foi acionada e acompanhou a chegada e o atendimento feito pela equipe de socorristas do Samu. Desde então, a UFMG colocou-se à disposição da família, prestando-lhe as informações e oferecendo o apoio necessário”, diz o comunicado.

A Polícia Civil de Minas Gerais também já está investigando o caso de Juliana. “Tão logo a investigação avance, mais informações serão fornecidas”, afirmou.