Fantástico mostra suspeito tentando esconder rastros do assassinato de Jeff Machado; assista

Nos registros, Rodrigues é visto parando o carro da vítima na entrada de uma concessionária carioca, para tentar vendê-lo

Neste domingo (4), o “Fantástico” teve acesso a detalhes da investigação em torno do assassinato do ator Jeff Machado. Além de esmiuçar o caso chocante, o dominical mostrou um vídeo do ex-produtor Bruno de Souza Rodrigues, suspeito da morte do artista, tentando vender o carro de Jeff em uma concessionária do Rio de Janeiro.

Nos registros, Rodrigues é visto parando o carro na entrada do estabelecimento. Na sequência, ele tenta vender o veículo, em uma tentativa de “se livrar” do que o conectava ao assassinato.

A venda não foi concretizada, pois Bruno não conseguiu encontrar o documento de compra e venda na casa da vítima, necessário para a transação. Segundo a polícia, ele então se dirigiu a outros dois estabelecimentos para novas tentativas, também sem sucesso.

Suspeito tentou apagar rastros do crime

A Polícia Civil do Rio de Janeiro tem investigado o mistério em torno do desaparecimento e morte de Jeff. De acordo com a investigação, o suspeito – que está foragido – foi longe em uma tentativa de apagar qualquer rastro da existência de Jeff após assassiná-lo. Tudo começou em novembro de 2022, quando Rodrigues, que é ex-produtor de televisão, recebeu uma alta quantia em dinheiro (R$18 mil) de Machado para pagar por uma suposta oportunidade na TV Globo.

Atuar na emissora carioca era um sonho antigo de Jefferson, que implorou ao amigo por uma chance. Bruno disse que iria ajudá-lo, mas a promessa era mentirosa. Temendo que Jeff cobrasse o dinheiro, ele teria começado a planejar o crime, segundo a polícia. O primeiro passo foi o aluguel de uma casa em Campo Grande, escolhida exclusivamente para encobrir o assassinato, que aconteceria 42 dias depois.

Jeff acreditou no amigo, que afirmou que as gravações da suposta novela da Globo começariam no dia 26 de janeiro. A história, no entanto, não passava de uma grande cilada. No dia 23 de janeiro deste ano, Jeff e Bruno se reuniram com Jeander Vinícius da Silva Braga, também acusado pelo crime. Machado então foi dopado, estrangulado por Bruno, colocado em um baú e concretado na casa alugada, segundo as autoridades.

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Manipulação

Nas semanas seguintes, Bruno tentou de diversas maneiras encobrir o assassinato. Primeiro, ele tentou vender a casa da vítima num valor abaixo do mercado. Ele pediu apenas R$ 280 mil, mesmo com o imóvel avaliado em até R$600 mil. Depois, ele tentou se livrar do veículo, sem sucesso.

Segundo a delegada Elen Souto, responsável pelo caso, o suspeito ainda criou personagens para justificar o crime, entre eles um chamado ‘Marcelo’. O homem, no entanto, não existe, garantiu a autoridade.

A partir daí, a família de Jeff notou que algo estava errado, já que passou a receber mensagens suspeitas do ator. “Jefferson” alegava que não podia falar com os familiares por chamada de vídeo, como costumava fazer, porque o celular tinha caído na água. No entanto, as mensagens teriam sido enviadas pelo próprio Bruno, que usou um celular sem dados cadastrais para manter o ato.

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Rodrigues também se aproveitou da vulnerabilidade da família de Jeff, e se aproximou deles. Fingindo preocupação com o desaparecimento do “amigo”, Bruno chegou a se oferecer para ajudar nas buscas pelo ator. Foi o suspeito quem registrou o sumiço do artista na delegacia.

Ele também se passou por Jeff em ligação a um serviço de táxi especializado no transporte de cachorros. O motorista afirmou que um homem entrou em contato dizendo se chamar Jefferson, e afirmando que um amigo acompanharia o transporte dos animais. O tal amigo era o próprio Bruno, que pagou a corrida com o cartão da vítima.

Após retirar os oito cães da casa do ator, ele os transferiu para o imóvel de um amigo de Jeander Vinícius. O dono da casa, entretanto, exigiu que os animais fossem retirados devido a reclamações de vizinhos sobre os latidos. Bruno teria aberto a porta e deixado os cães na rua, de acordo com a delegada, antes de se passar por um homem chamado Giovani, quando contatou uma ONG para o resgate dos animais.

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