Neste domingo (28), a socialite de 88 anos, Regina Lemos Gonçalves, que estava desaparecida desde o fim do ano passado, concedeu uma entrevista ao “Fantástico”, revelando mais detalhes sobre a relação com seu ex-motorista. Ela afirmou ter ficado presa por 10 anos em seu apartamento luxuoso no Edifício Chopin, em Copacabana, no Rio de Janeiro.
No entanto, uma foto de 2019 contradiz a versão da socialite. Na imagem, Regina está em uma churrascaria, em um evento de comemoração do aniversário de Sylvia Crivella, esposa do então prefeito do Rio, Marcelo Crivella. A foto foi publicada no Instagram por Lucas Franklin, amigo de Regina.
“Hoje não é TBT, mas vou lembrar do ano de 2019, aniversário da querida amiga Sylvia Crivella, no Baby Beff Barra. Tantas coisas mudaram de Setembro de 2019 para cá, o Baby Beff infelizmente fechou, a pandemia nos deixou isolados e por aí vai… Ontem, ao procurar uma foto com a querida Regina Gonçalves, encontrei recordações maravilhosas deste dia incrível“, escreveu Lucas.
De acordo com o portal LeoDias, a foto teria sido tirada em 21 de setembro de 2019, e pessoas presentes no evento afirmam que José Marcos, o ex-motorista da socialite, não estava presente. Ainda de acordo com o jornalista, fontes próximas à herdeira revelaram que Regina e o homem mantinham um relacionamento próximo e que Marcos era apresentado como um “companheiro”, sem especificar se era um amigo, namorado ou marido. No entanto, Regina jamais teria se referido a ele como um funcionário.
Durante a entrevista ao Fantástico, Regina afirmou que foi mantida em cárcere privado por José Marcos por 10 anos. “Eu vivia sem poder ter contato com ninguém, ficava em cativeiro. Ele é apenas um chofer e um chofer sem condições“, disse ela. Regina contou que contratou o ex-motorista em 2010, entretanto, ele afirmou à Justiça que começou a trabalhar com a socialite antes. A viúva ainda negou que vivia um relacionamento amoroso com ele: “Mas é uma audácia! Um atrevimento, eu nunca admiti isso“. Clique aqui para ver a entrevista completa.
O caso
Regina estava desaparecida desde o fim do a no passado. Viúva e sem filhos, a idosa herdou uma fortuna bilionária quando o marido morreu, há 30 anos. Fazendeiro e empresário, Nestor Gonçalves chegou a ser dono do parque gráfico que produzia os baralhos Copag. Regina era bastante conhecida por realizar festas extravagantes, mas deixou de ser vista nas áreas comuns do tradicional prédio onde mora, em Copacabana.
Os amigos e vizinhos ficaram preocupados com o sumiço e fizeram uma denúncia anônima ao Ministério Público do Rio, em maio de 2022. No documento, obtido pela programa dominical, eles afirmaram que tentaram em vão, nos últimos meses, entrar em contato com a socialite, inclusive por telefone. Porém, era o ex-motorista que sempre atendia as ligações. Quando o contato era pessoalmente, ele apresentava “negativas evasivas” e alegava “doença” para não falarem diretamente com Regina.
Após a repercussão do desaparecimento, o jornal O Globo conseguiu falar com o empresário João Chamarelli, que disse representar a família de Regina. Ele confirmou que a socialite foi vítima de um golpe do motorista, que a manteve em cárcere privado por meses. Regina, entretanto, conseguiu escapar, em janeiro deste ano, após um descuido dele. Segundo Chamarelli, o caso foi registrado na polícia e o inquérito corre em segredo de justiça.