Jovem tem gêmeos de pais diferentes em GO, e caso “extremamente raro” surpreende: “Um em um milhão”

A mulher se relacionou com dois homens no mesmo dia e engravidou dos dois

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Imagina só: engravidar de gêmeos e descobrir que os bebês são filhos de pais diferentes meses depois do nascimento deles?! Foi exatamente isso que aconteceu com uma jovem de 19 anos, em Mineiros, na região sudoeste de Goiás. Segundo o G1, nesta terça-feira (6), a mulher se relacionou com dois homens no mesmo dia e terminou engravidando dos dois.

A publicação explicou que a mãe dos meninos começou a ter dúvidas em relação à paternidade quando os bebês já estavam com oito meses de idade. Assim, ela fez os exames de DNA com o homem que achou que fosse o pai, porém, o resultado foi positivo para apenas um dos gêmeos.

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Logo depois, ela lembrou de outro parceiro e decidiu refazer os testes… o resultado: positivo também! “Eu lembrei que havia tido relação com outro homem e chamei ele para fazer o exame, que deu positivo”, conta a mãe, que preferiu não se identificar. Ela completou: “Eu fiquei surpresa com os resultados. Não sabia que isso podia acontecer. Eles são muito parecidos”.

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Mãe só descobriu a paternidade de seus filhos oito meses após o nascimento (Foto: Reprodução/G1)

O médico que acompanhou toda a gravidez, Túlio Jorge Franco, contou que o caso, chamado pelo mundo científico de superfecundação heteroparental, é extremamente raro, tendo acontecido apenas 20 vezes no mundo. “É possível acontecer quando dois óvulos da mesma mãe são fecundados por homens diferentes. Os bebês compartilham o material genético da mãe, mas eles crescem em placentas diferentes”, esclareceu o doutor.

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Franco aproveitou a singularidade da situação e levou o tema para ser estudado por seus alunos na faculdade de Medicina, onde leciona. Um estudante ficou responsável por escrever um artigo científico, que pode ser publicado em revistas ao redor do mundo. “É extremamente raro. Acontece um em um milhão. Nunca imaginei que veria um caso desse na minha vida”, comemorou o médico, acrescentando que a gravidez foi bem tranquila e que os meninos nasceram saudáveis e sem nenhum problema de saúde.

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Bebês estão com um ano e quatro meses e raridade na fecundação não afetou a saúde das crianças (Foto: Reprodução/G1)

Atualmente, os bebês estão com um ano e quatro meses e continuam recebendo apoio de um dos pais, que assumiu as duas crianças e as registrou em cartório. “Ele cuida dos dois, me ajuda muito a criar e dá todo o suporte necessário que eles precisam”, finalizou a mãe. Tem coisa que só acontece no Brasil, né?

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