Jovens são encontrados mortos dentro de carro no RJ, e polícia aponta suspeita

Pai de Júlia Santos de Oliveira, de 17 anos, contou a última vez que viu a filha e quando não recebeu mais notícias dela

Dois jovens foram encontrados mortos dentro de um carro, em Itaguaí, na região metropolitana do Rio de Janeiro, na noite de segunda-feira (1º). Segundo a Polícia Militar, eles foram identificados como Júlia Santos de Oliveira, de 17 anos, e João Pedro Ramos das Neves, de 20. A suspeita é de intoxicação por gás do escapamento do veículo.

Uma perícia foi realizada no local e apontou que os corpos não apresentavam nenhum sinal de violência. O carro onde Júlia e João Pedro foram vistos estava com os vidros fechados e o ar-condicionado ligado, parado na Rua Pai Fabrício, no bairro Mazomba.

A Polícia Civil informou que as diligências estão em andamento para esclarecer o que realmente ocorreu. O caso é investigado pela 50ª DP (Itaguaí). Os corpos foram encaminhados ao Instituto Médico Legal (IML) da região, mas o laudo da causa da morte dos jovens ainda não foi divulgado.

A hipótese trabalhada é que as vítimas vieram a óbito por uma intoxicação por monóxido de carbono, um dos gases eliminados pelos escapamentos de automóveis que funcionam com gasolina, diesel ou álcool. O agente redutor é invisível e sem cheiro, mas fatal em lugares fechados.

Suspeita é que Júlia e João morreram por uma intoxicação por monóxido de carbono (Foto: Reprodução/TV Globo)

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Ao jornal “O Globo”, o pai de Júlia, Luiz Santos, contou a última vez que viu a filha. Segundo ele, a adolescente saiu de casa por volta de 9h30 da manhã, e caminhou até o ponto de ônibus próximo à residência deles para ir à escola. Um irmão de Luiz ainda teria falado com a sobrinha, que informou sua preferência em pegar uma kombi.

Assim que entrou no veículo, por volta das 10h20, Júlia avisou ao tio que já estava a caminho do Centro Federal de Educação Tecnológica Celso Suckow da Fonseca (CEFET/RJ). Porém, depois deste contato, a jovem não deu mais notícias à família.

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“Desde então, começamos a procurar. Passamos no colégio, no Senai e em todos os locais que ela poderia estar, e nada. Fui à delegacia e depois começamos a tentar rastrear o telefone dela. Até que ouvimos boatos de que próximo ao local tinha um carro com os dois jovens mortos”, recordou o pai.

Luiz acrescentou que o veículo estava ligado, assim como o ar condicionado, e os vidros fechados. A filha estava no carro de um jovem conhecido dela, conforme ele. “Não encontraram nenhum sinal de agressão e nem mesmo de relações sexuais. Ao que tudo indica, os dois morreram asfixiados mesmo, do carro fechado com o ar condicionado ligado”, relatou, por fim.

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