O Instituto Médico Legal (IML) divulgou a causa do falecimento de Paulo Roberto Braga, de 68 anos, idoso que foi levado morto pela suposta sobrinha, Érika de Souza Vieira Nunes, a um banco para tentar realizar um empréstimo de R$ 17 mil, no Rio de Janeiro. O laudo foi revelado após a conclusão da perícia.
De acordo com o documento, Paulo morreu em decorrência de uma broncoaspiração de conteúdo estomacal e falência cardíaca, compatível com a de um homem previamente doente. Contudo, os peritos ainda aguardam os resultados dos exames toxicológicos para confirmar se fatores externos podem indicar homicídio, como alguma droga que pode ter sido ingerida pelo idoso.
De acordo o delegado Fábio Luis, titular da 34ª Distrito Policial, os acúmulos de sangue decorrentes da interrupção da circulação – chamados de livores cadavéricos – que foram encontrados no corpo de Paulo indicam que ele não teria falecido sentado. No caso dele, os livores se acumularam na nuca, o que aponta que ele deve ter ido a óbito deitado.
O delegado ainda afirmou que, caso o idoso tivesse perdido a vida enquanto estava no banco, esses livores teriam se acumulado nas pernas, porque ele estava sentado em uma cadeira de rodas. No entanto, a perícia inicial não encontrou nenhuma mancha nos membros inferiores.
O caso
Érika de Souza Vieira Nunes foi presa em flagrante nesta terça-feira (16), após levar o cadáver de Paulo Roberto Braga, de 68 anos, em uma cadeira de rodas para receber um empréstimo de R$ 17 mil, em uma agência bancária de Bangu, Zona Oeste do Rio de Janeiro. Os funcionários suspeitaram do comportamento da mulher e da aparência do idoso, e acionaram a polícia.
A mulher simplesmente DESENTERROU UM FALECIDO E LEVOU ELE NO BANCO PRA TENTAR FAZER UM EMPRÉSTIMO NO NOME DELE COMO PODE ESSE PAÍS MALUCO EU TO RINDO E CHORANDO AO MESMO TEMPOOOOOO pic.twitter.com/zSDdh1M2CH
— Jéferfon Menezes (@JefinhoMenes) April 16, 2024
Em depoimento, Érika disse ser sobrinha e cuidadora de Braga, e que ele queria retirar o dinheiro para comprar uma televisão e reformar a casa. A mulher contou ainda que, embora estivesse debilitado, o idoso estava consciente quando ambos saíram de sua residência. Por conta de uma medicação, ela não conseguiu explicar o ocorrido no momento em que chegou à delegacia. No local, ela foi vista dando risada. Saiba detalhes, clicando aqui.
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