Uma mulher denunciou um motorista de uma creche em Maceió, Alagoas, por aliciar a filha de 7 anos para enviar fotos da mãe nua em troca de chocolate. O caso foi exposto por Laiane Dias, de 26 anos, em suas redes sociais no último sábado (25). Ela disse que o motorista parecia ser “um homem de bem”, mas conseguiu convencer a menina a mandar os registros.
“Ele trabalhou muito para conseguir a confiança dela durante esse tempo. Depois de enviado, ele induziu para que ela apagasse [as imagens] e ainda me elogiou. NOJO”, escreveu. De acordo com Laiane, a filha aproveitou o momento em que ela saía do banho para gravar os vídeos e enviar para o motorista.
De acordo com o g1, a mãe descobriu as mensagens ao olhar o celular da garota, algo que ela faz todas as noites por causa da preocupação com a segurança da criança. Em uma das conversas, o suspeito chegou a pedir para que a menina apagasse as imagens. “Apaga do seu celular, eu já vi aqui, viu? Ela é muito linda”, teria escrito o motorista.
Laiane afirmou que teve que “intimidar muito” para que a filha contasse sobre o ocorrido. A mãe ressaltou que ainda tinha dois vídeos dela no celular da criança. A esposa do motorista, que é a dona da creche, alegou ter sido apenas um “mal-entendido”. “[Ele] é esposo da dona da creche, onde faz diariamente o transporte de várias crianças. Ela quis me convencer de que era um mal-entendido, mesmo eu tendo os prints, o relato da criança e os vídeos enviados. Será que fui a primeira?”, questionou.
Depois que a mãe expôs o caso, outras mulheres a procuraram para denunciar o homem. “Teve outro episódio com a filha da moça que trabalha com a minha cunhada. Ele mandou ela sentar no colo dele no carro. Se tivesse sentindo algo duro, era a marcha”, disse ela. A Polícia Civil de Alagoas informou ao UOL que o boletim de ocorrência do caso foi registrado no dia 23 de novembro.
“Faço o que posso e o que não posso para exercer esse papel de mãe e pai. E ver minha filha ser aliciada em troca de chocolate me deixou em choque”, acrescentou a mãe. A vítima e outras testemunhas já prestaram depoimento e as autoridades recolheram os registros apresentados. Até o momento, ninguém foi preso. O caso está sendo investigado pela Delegacia Especial dos Crimes Contra Crianças e Adolescentes, que tem 30 dias para concluir o inquérito.
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