Uma mulher teve a prisão preventiva decretada em São Paulo no último sábado (27), após o corpo da sua filha, de apenas 8 anos, ser encontrado esquartejado dentro da geladeira de casa. Em depoimento à polícia, Ruth Floriano, de 30 anos, declarou que pesquisou na internet o “jeito mais fácil” de cometer o crime.
A mãe contou que “se drogou o suficiente para tomar coragem” de esquartejar a filha. Ela alegou que tem o costume de conhecer homens através de aplicativos de relacionamento. Há aproximadamente um mês, ela teve um encontro em que usou drogas e dormiu. Ao acordar, a filha já estaria morta, e Floriano “não soube o que fazer”. Ela, então, teria decidido colocar o corpo da criança na geladeira.
De acordo com o Metrópoles, a mulher teria matado a garota a facadas e esperado três horas para esquartejá-la. Floriano chegou até a mudar de endereço. No entanto, testemunhas que ajudaram a transportar os móveis afirmaram que a geladeira estava pesada e coberta por um lençol. Além disso, pelo menos quatro pessoas foram necessárias para carregar o eletrodoméstico.
O atual namorado da mulher e a sogra dela acharam a situação suspeita. Eles acreditavam que havia drogas ou armas escondidas na geladeira. No sábado (26), Floriano deixou a chave com eles e foi falar com o ex-marido na zona leste da cidade. Com isso, os dois decidiram abrir o eletrodoméstico e encontraram o corpo.
Ao portal, a irmã de Floriano, que preferiu não se identificar, disse que a motivação crime pode ter sido uma possível vingança contra o ex-marido da suspeita, pai afetivo da criança. Segundo a tia da vítima, ele “amava, cuidava e zelava” pela menina. “Ela fez para atingi-lo e atingiu. Mexeu com a estrutura dele e de toda a família”, comentou. No depoimento à polícia, Floriano falou que “decidiu matar a filha por não aceitar a separação”.
A irmã da suspeita acrescentou que visitava a sobrinha e a irmã sempre que podia, “em almoços, festas e nos fins de semana”. Contudo, a moça só soube do crime pela cunhada da suspeita, quando ela já estava na delegacia. “Não consigo acreditar até agora, é como se eu quisesse que fosse mentira”, desabafou. A irmã de Floriano ainda revelou que sentiu “impotência e raiva ao mesmo tempo” quando foi informada do ocorrido.
O ex-companheiro também prestou depoimento à polícia. Ele relatou que terminou o relacionamento com Floriano em março. Desde então, tinha pouco contato com a criança. O homem contou que a última vez que conversou com a garota foi por videochamada. Na ocasião, a mulher teria dito que “ela não era sua filha e não era para ele se preocupar, pois havia entregado a criança para o pai verdadeiro”.
O caso está sendo investigado pelo 47º Distrito Policial (Capão Redondo), como homicídio triplamente qualificado e ocultação de cadáver.
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