Hugo Gloss

Mãe faz alerta sobre uso de vape após morte do filho, aos 20 anos, e mostra raio-X: ‘Tava lutando por 4 dias’; assista

Mãe faz alerta sobre uso de vape após morte do filho, aos 20 anos: 'Mata!'; assista (Reprodução/Arquivo Pessoal/Instagram)

Diego Paiva dos Santos, filho do ex-jogador de futebol Serginho, morreu em 7 agosto, aos 20 anos. Já nesta quarta-feira (7), a mãe dele, Lia Paiva, apontou que a causa do falecimento do jovem estaria relacionada ao chamado vape. Ela explicou que o filho teve uma infecção generalizada (septicemia), e que o uso do cigarro eletrônico agravou o quadro.

“Está vendo isso aqui [vape]? Isso aqui foi uma das grandes causas da partida do meu filho (…) De fato, o vape mata”, disse Lia no post do Instagram. “O Diego teve uma bactéria através de um furúnculo, se contaminou. A gente acredita que foi fazendo jiu-jitsu, porque tem grandes chances de se contaminar quando tem uma ferida, uma espinha, algo assim”, afirmou.

“Ele ficou com a bactéria no ombro, achava que era algo no ombro ou no cotovelo, onde ele sentia as dores. Mas, na verdade, a bactéria ficou alojada ali. E depois se espalhou pelo corpo inteiro. Ele teve uma septicemia”, detalhou Paiva. A mãe de Diego, então, mencionou a internação e recuperação dele, destacando como tudo mudou rapidamente.

“Ele ficou [lutando] por quatro dias. Os rins liberaram, o fígado e o coração ficaram ótimos. Eles [os médicos] estavam superpositivos quanto à recuperação dele até que no quinto dia, no sexto dia, ele teve esse infarto pulmonar e veio a óbito”, recordou. Lia, então, comparou duas fotos no vídeo: uma com um pulmão saudável e outra com um quase sem função.

Lia compartilhou a foto do filho quando criança um mês após a morte dele (Foto: Reprodução/Instagram)

A imagem do raio-X com o órgão quase todo branco é de Diego. “Ou seja, ele nem pulmão tinha de tanta infecção. A causa maior foi a bactéria que invadiu o corpo dele, fez uma septicemia. O pulmão dele não reagiu. Por quê? Pelo uso excessivo do vape”, reforçou. Em seguida, Paiva fez um alerta sobre o uso dos cigarros eletrônicos.

“Então quando a gente fala pra vocês ‘não fuma vape’… Isso mata! De fato, isso mata. Então que isso fique como um grande aprendizado. Joga isso aqui fora”, aconselhou ela, por fim. Assista à íntegra:

Os vapes são proibidos no Brasil desde 2009, mas obtidos por meio de contrabando. Eles causam riscos pulmonares e cardíacos, além de uma condição diretamente ligada ao uso dos dispositivos, a Evali. Em 2019, os Estados Unidos definiram a sigla como uma lesão pulmonar associada ao uso de produtos de cigarro eletrônico ou vaping.

Desta forma, os pacientes apresentam dificuldades para respirar e dor no peito como sintomas primários. Conforme uma pesquisa do Programa de Tratamento do Tabagismo do Instituto do Coração (SP), usar vape equivale a fumar 20 cigarros por dia. O cigarro eletrônico também causa a mesma dependência de um convencional devido à nicotina.

De acordo com a coluna VivaBem, do UOL, estudos já identificaram mais de 2.000 substâncias presentes no vape, incluindo benzeno, dietilenoglicol, níquel, estanho e chumbo. Todas elas causam problemas respiratórios, cardíacos e neurológicos. Os três últimos, por sua vez, também podem gerar maior risco de desenvolver câncer.

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