Hugo Gloss

Maníaco do Parque: Mãe diz o que pretende fazer caso filho seja solto, e revela o que ele falou sobre os crimes; assista

Reprodução/Record TV

A mãe de Francisco de Assis Pereira, o “Maníaco do Parque“, disse que não vai abandoná-lo, caso ele deixe a prisão. Em entrevista ao “Domingo Espetacular” deste domingo (10), Maria Helena alegou que o filho já pode voltar a viver em sociedade e se mostrou ansiosa para reencontrá-lo.

A última visita na cadeia aconteceu há 10 anos e a comunicação atual é apenas através de cartas. “Talvez tenha sido uma falha da gente. Eu não sei… a situação financeira da gente também foi caindo. É um lugar longe, onde ele está agora. Para ir, tenho que arrumar um hotel. As condições não dão para isso“, explicou.

Em carta recebida em agosto, Francisco contou a rotina na prisão e que entende a ausência da mãe. Maria Helena alegou que, mesmo sem o filho receber tratamento ou terapia na prisão,  não vai abandoná-lo. “Como eu poderia deixar um filho, com todas as coisas que aconteceu, perambulando pelo mundo? Ele deixou de ser uma pessoa má, não vou abandonar e nem falar mal dele para ninguém“, garantiu.

De acordo com a lei brasileira que vigorava na época em que foi condenado, o tempo máximo que uma pessoa poderia ficar preso era de 30 anos. Após passar por três julgamentos no final da década de 1990, Francisco recebeu pena de 285 anos, 11 meses e 10 dias. Ele completará três décadas na cadeia em 2028.

Francisco de Assis Pereira completará 30 anos na prisão em 2028. (Foto: Reprodução/Record TV)

Na entrevista, a idosa de 77 anos revelou que deixou a capital paulista justamente pela violência, após o açougue que pertencia à família sofrer assaltos “várias vezes”. O casal voltou para o interior, mas Francisco acabou ficando em São Paulo. Ela contou que na época, diante da repercussão dos crimes, passou a acompanhar o caso.

Pensei comigo, lá perto de onde nós moramos, no Parque do Estado. Eu comecei a seguir, mas sem saber de nada. Passava a reportagem e eu corria para ver. Quando deram na televisão, respirei fundo e pensei: ‘Não pode ser, parece com o Francisco’“, relembrou Maria Helena.

Além de revelar que “detesta” o apelido dado para Francisco, ela se recordou do momento em que se encontrou com o filho após ele ser detido e encaminhado para o Departamento Estadual de Investigações Criminais (Deic), em São Paulo. “Eu estava em uma sala e o trouxeram. Eles pediram para eu perguntar se era ele mesmo que tinha feito aquilo. Perguntei baixinho no ouvido dele. Ele disse que não“, compartilhou.

Depois de negar para a mãe, Francisco admitiu à polícia que matou 11 mulheres e violentou outras 9, que conseguiram escapar dos ataques. “O que me atormenta é ele estar preso. Eu poderia estar vangloriando as coisas boas que ele fez“, lamentou. Luiz Carlos Pereira também falou sobre a possível soltura do irmão. “Faz muitos anos que a gente não se vê. Então, eu queria saber dele, o que ele tem de ideia. Se ele estiver com atitude errado, falo para as autoridades que não vai dar certo“, declarou.

Assista à reportagem completa:

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