Marcelo VIPs, figura conhecida do cenário criminal brasileiro, morreu em Joinville aos 49 anos durante passagem de trabalho. Natural de Maringá, ele vivia fase de ressocialização.
Marcelo Nascimento Rocha, conhecido como “Marcelo VIP”, morreu nesta terça-feira (9), aos 49 anos. Ele era apontado como um dos maiores golpistas do Brasil, sendo tema de filmes, séries e documentários.
De acordo com o portal g1, o advogado Nilton Ribeiro, que integra o escritório que atendia Marcelo, informou que a morte foi em decorrência de cirrose hepática, doença crônica que provoca cicatrizes no fígado e prejudica o funcionamento do órgão.
Amigo de longa data, Nilton contou que Marcelo era bariátrico. Natural de Maringá, no Paraná, ele faleceu em Joinville, em Santa Catarina, durante uma passagem pela cidade para uma temporada de trabalho.
Em post nas redes sociais, Roberto Bona Junior, que também era advogado e amigo de Marcelo, disse que ele vivia um período de ressocialização como produtor de grandes artistas. “O Brasil conheceu um Marcelo, o VIPs. Um ícone, reconhecido por todas as coisas erradas que fez na vida. Virou filme, livro, documentário. Aonde quer que andasse com ele o reconheciam, como uma grande celebridade. Mas o que poucos conheciam era o verdadeiro Marcelo. Ele fez muita coisa errada na vida, mas que soube aproveitar as novas chances e escrever outra história“, declarou.
Marcelo VIPs era conhecido por aplicar diversos golpes e contar mentiras públicas. Uma das mais famosas se deu quando ele tentou se passar por proprietário da companhia aérea Gol.
Ele foi preso diversas vezes, incluindo em 2018, quando ex-presidiários que usavam falsos atestados para progressão de regime foram alvo de operação.
Marcelo também se tornou tema de filmes, séries e documentários. Ele participou do “VIPs – Histórias Reais de um Mentiroso”, de 2010, e teve sua história contada em “VIPs”, de 2011, estrelado por Wagner Moura.
Parte de sua história também foi compartilhada em uma biografia, lançada em 2005. Ele relatou que começou a dar os golpes aos 14 anos, mesmo sem nunca faltar nada em casa. Aos 18, Marcelo afirmou que virou piloto do narcotráfico. “Quando não estava pilotando, me fazia passar por outra pessoa. Apareci na mídia diversas vezes com meus personagens inventados“, contou.
No livro, a mãe contou que a família “perdeu o controle” sobre ele após se mudarem para Curitiba, quando ele tinha 8 anos. O enterro de Marcelo será realizado nesta quarta-feira (10), em São José dos Pinhais.
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