Elisângela Oliveira de Jesus, de 33 anos, sofreu graves queimaduras enquanto fritava um ovo e morreu dez dias após o acidente, devido a uma parada cardiorrespiratória. Régis Cândido, marido da vítima, queimou as mãos ao tentar socorrê-la e, em entrevista ao g1, divulgada nesta terça-feira (27), relembrou detalhes da tragédia.
Na conversa com o veículo, Régis detalhou os momentos que antecederam o acidente. Segundo ele, a parceira – que trabalhava em uma padaria há 13 anos – teria saído de casa às 6h, retornado às 22h e estava muito cansada. “Ela chegou, amamentou a filha, colocou ela para dormir e foi fritar o ovo”, afirmou. O casal compartilhava uma filha de 1 ano.
Elisângela preparava o jantar da família e colocou uma frigideira com óleo para esquentar no fogão. Ela, então, quebrou o ovo em um copo – que continha água – para ver se o alimento não estava estragado. Sem perceber, ela despejou o conteúdo na frigideira com óleo e as chamas subiram.
O fogo atingiu parte do rosto dela, a camiseta e o sutiã de amamentação que ela usava. “Ela não reparou, acredito eu, que o copo tinha água”, lamentou o marido. “Ela gritou socorro, eu saí correndo e ela já estava com a camiseta e o sutiã de amamentação em chamas. Eu rasguei a camiseta dela, rolei ela no chão, porque já tava pegando fogo no cabelo dela. Enrolei ela numa toalha úmida e gritei socorro para os vizinhos e chamei o Samu”, detalhou.
Durante a tentativa de socorrer a amada, Régis também sofreu queimaduras de segundo grau nas mãos. Após a perda, o agora viúvo ficou com a pequena Isabelle, e disse estar tentando encontrar forças para cuidar da filha.
Entretanto, Régis acredita que o luto pela esposa jamais passará. “A dor maior é a dor por dentro. É uma dor que eu acho que nunca vai passar. Era uma mãe incrível. Ela cuidava muito bem da nossa filha, era uma batalhadeira (sic), uma perfeita esposa. É uma dor, um sentimento que é inexplicável”, declarou.
Campanha
Após o acidente, Elisângela chegou a ser levada para a Santa Casa de Rio Claro e depois transferida para o hospital de Limeira. Ela passaria por uma cirurgia ainda ontem, mas sofreu uma parada cardiorrespiratória e faleceu. O corpo foi sepultado no Cemitério de Itirapina, ontem.
Durante sua internação, uma corrente de solidariedade foi criada para ajudar o esposo e a filha dela. Nas redes sociais, foi feita uma vaquinha solidária com o objetivo de arrecadar recursos para ajudar o viúvo. As informações continuam sendo compartilhadas por Régis Cândido, viúvo da mulher. Saiba como ajudar: