A moradora de São Paulo Elza Jesus Almeida, de 64 anos, afirmou ter acertado os seis números da Mega da Virada deste ano. No entanto, ela apontou que a lotérica onde fez o jogo, na zona sul da capital paulista, não registrou a aposta vencedora.
Segundo o portal Metrópoles, Elza relatou ter feito oito apostas no total para tentar levar a bolada. A senhora, porém, teria sido surpreendida ao descobrir que justo a sequência que lhe renderia o prêmio de mais de R$ 70 milhões deixou de ser protocolada.
Ela contou que aposta na Mega da Virada todos os anos em uma lotérica próxima de onde mora, em Jabaquara, e seguiu a tradição em 2024. Os jogos foram feitos na terça-feira (31), poucas horas antes do sorteio. Elza disse, ainda, que entregou todos os canhotos preenchidos com oito apostas à funcionária do local.
Como de costume, a senhora recebeu os comprovantes, mas não checou se a quantidade de jogos correspondia. Já em casa, ela acreditou ter vencido o prêmio ao ver que os números anunciados foram os mesmos que tinha escolhido em uma das apostas. Foram eles: 01 – 17 – 19 – 29 – 50 – 57.
“Deu dor de barriga, eu fui pro banheiro. Eu falei que ia trazer meu filho dos Estados Unidos pra ficar comigo. Pensei só isso, sabe? Eu falei: ‘Vou fazer tudo, vou dar uma casa pra minha neta'”, recordou.
Erro identificado
Foi um dos filhos de Elza que percebeu o erro no registro do jogo. Ele pediu para ver o comprovante da aposta e percebeu que lá constavam apenas os primeiros dois jogos do canhoto. O terceiro, com os seis números sorteados, teria ficado de fora.
Para a mulher, a operadora da casa lotérica errou ao não realizar o mesmo procedimento para os três jogos. Todavia, ela também admitiu ter falhado ao não verificar os comprovantes.
“Foram oito jogos, foi bastante, eu não contei. Se eu tivesse contado, eu saberia que tinha um faltando. E quando ela cobrasse, eu falaria: ‘Não, pera aí, faltou um’. Mas eu não contei. Nem imaginava isso, eu confiei”, lamentou.
Elza destacou que a funcionária chegou a alertar sobre um jogo incompleto, mas que não seria a sequência premiada. Por isso, chamou a atenção da mulher não ter sido avisada sobre a aposta que faltou ser registrada. “Eu falei pra menina assim ainda: ‘Se eu ganhar, te dou um carro’. E ela deu uma risadinha, sabe?”, salientou.
Por fim, a senhora revelou que, desde o mês passado, quando começou a apostar, ajoelhava-se e pedia a Deus para ganhar o dinheiro. “Eu ia ajudar só meus filhos, só meus netos. Eu não queria nada. Eu não queria riqueza”, garantiu.
Caso termina na polícia
Em decorrência do feriado, a lotérica em que Elza foi estava fechada na quarta (1º), o que impediu de esclarecer o ocorrido. Um de seus filhos até tentou fazer um boletim de ocorrência no mesmo dia, negado por um policial de plantão do 16º DP (Vila Clementino). O agente alegou que não havia indícios de crime no caso.
Nesta quinta (2), o dono da lotérica teria se comprometido em ajudar no caso. “Ele vai disponibilizar as imagens das câmeras de segurança, vai me passar via WhatsApp. Pelo que eu vi lá, talvez, o zoom dê para pegar. Aí já vai envolver perícia, delegacia, por isso eu vou ter que registrar o boletim de ocorrência”, explicou o filho de Elza. Ele ressaltou que irá tentar mais uma vez realizar o boletim de ocorrência.
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