Na noite deste domingo (10), a Polícia Civil do Rio de Janeiro localizou o corpo da menina Kemilly Hadassa Silva, de 4 anos. Ela estava desaparecida desde a madrugada do último sábado (9), após ter sido sequestrada dentro de casa, na comunidade Beira Rio, em Nova Iguaçu. O corpo foi encontrado dentro de um saco de ração, próximo a um valão, também em Nova Iguaçu, na Baixada Fluminense. O suspeito confessou o assassinato e tem passagem por roubo.
Segundo as autoridades, o primo de segundo grau da vítima confessou a autoria do crime e indicou o local para os agentes. Reynaldo Rocha Nascimento tem 22 anos e foi detido em casa, no distrito de Cabuçu, após marcas de sangue terem sido encontradas no interior da residência.
“Os investigadores encontraram o corpo na beira de um valão, próximo à casa do suspeito, escondido em um saco de ração. A realização da perícia no local foi muito complicada, visto que uma multidão se dirigiu à beira do valão no qual o corpo foi localizado, para matar o criminoso”, disse a polícia em nota.
O rapaz admitiu ter estuprado a menina, que estava sozinha em casa com outros dois irmãos, de 8 e 7 anos. Com a confissão, o suspeito foi agredido com socos por um grupo de moradores e quase foi linchado. “O criminoso confessou os fatos e explicou que havia retirado a menina de casa, pois sabia que ela estaria sozinha. Os policiais militares foram acionados garantindo a integridade física do preso”, continuou o texto.
Ele foi encaminhado para a 56ª Delegacia de Polícia (Comendador Soares) e depois levado para a Delegacia de Homicídios da Baixada Fluminense. Reynaldo vai responder por estupro de vulnerável e homicídio qualificado. O corpo da menina foi encaminhado ao Instituto de Medicina Legal de Nova Iguaçu.
De acordo com os policiais ao g1, o suspeito relatou que quando a vítima começou a chorar, após ser estuprada, “começou a cortar seu pescoço, mas voltou atrás e a enforcou” para não ser descoberto. Depois, escondeu o corpo da criança em um saco de ração e jogou na beira de um valão.
“Durante o sábado, os policiais estiveram lá no local, e acharam o suspeito. Ele negou o crime. Os PMs impediram que ele fosse linchado, já que os populares estavam enfurecidos. Na delegacia, ele confessou o crime e indicou o local do crime”, contou o delegado titular da DHBF, Mauro Cezar Júnior.
Kemilly foi vista pela última vez em sua residência, junto aos irmãos. A mãe, Suellen Roque da Silva, de 29 anos, deixou o local por volta das 23h da sexta-feira (8). Em entrevista, ela disse ter deixado os pequenos sob os cuidados da irmã, Monique Silva, que mora em uma casa conjunta. Quando Suelen retornou, por volta das 5h de sábado, a filha não estava na cama. Suellen buscou ajuda de familiares e, posteriormente, procurou as autoridades.
“Eu dei jantar a eles, botei eles pra dormir. Aí dormiram. Aí meia-noite e meia eu saí porque a minha irmã que olha eles pra mim, porque a gente mora na mesma casa praticamente. Aí ela vigia eles pra mim. Quando eu cheguei, ela não estava mais. Só os dois irmãos”, lamentou a mãe. De acordo com a Polícia Civil, ela será investigada por abandono de incapaz.
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