Um menino de 12 anos emocionou os telespectadores da GloboNews, nesta sexta-feira (17), ao revelar como tem sido os seus dias em meio às enchentes que atingem o Rio Grande do Sul. Enzo contou que tem se distraído com os amigos, o pai e seu cavalo, além disso, afirmou sentir falta de casa, especialmente de seu quarto. “Vamos conseguir as coisas de volta“, declarou.
Desde que a residência foi invadida pela água, o garoto passou a dormir com outros familiares em um barraco improvisado, em Porto Alegre. “Não está tão bom como a nossa casa, né? Mas estamos levando, pelo menos, dá pra ir“, disse ele. Em seguida, o menino pontuou as coisas que sente saudade e o que acabou perdendo após a tragédia.
“Olha, da minha casa, do meu quarto, da minha cama, das minhas coisas“, contou. “Meu roupeiro, que tinha recém-comprado e botado para dentro, minhas roupas, minha cama, meu quarto. Foi tudo“, desabafou Enzo. “Você está conseguindo, de alguma forma, brincar, se distrair por aqui?“, perguntou o repórter.
“Sim, com o meu cavalo. Brincar com os meus amigos e o meu cavalo. O meu pai conversa comigo também“, compartilhou o menino. Ele explicou, ainda, que não estava indo para a escola porque o local estava “debaixo d’água”. “Está sentindo falta da escola?“, questionou o jornalista. “Um pouco“, admitiu.
Enzo também revelou o que deseja fazer quando retornar para seu lar. “A princípio, arrumar toda [a casa] junto com meu pai e conseguir as coisas de volta“, completou. O repórter, por sua vez, elogiou a tranquilidade do garoto diante de toda a tragédia. “O guri é parceiro para tudo. Ele já tem a mente de um adulto. Então, ele vai aprendendo a lidar com a vida“, disse o pai. Veja:
“Sinto falta da minha casa, do meu quarto, minha cama, minhas coisas”, diz Enzo, de 12 anos, que está dormindo com a família em um barraco improvisado em Porto Alegre. “Quando voltar para casa, vou arrumar toda e conseguir as coisas de volta”.
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— GloboNews (@GloboNews) May 17, 2024
Diversas cidades continuam alagadas após as fortes chuvas que atingiram o estado gaúcho. De acordo com o último boletim da Defesa Civil do RS, divulgado nesta sexta-feira (17), 154 mortes já foram confirmadas e 98 pessoas seguem desaparecidas. Além disso, 618,3 mil pessoas estão fora de suas residências, sendo 540.192 desalojadas, que foram acolhidas em casas de familiares, amigos ou conhecidos, e 78.165 vivendo temporariamente em mais de 875 abrigos cadastrados.