No final de semana, uma médica de 28 anos foi encontrada morta dentro de uma mala em São José do Rio Preto, São Paulo. O corpo de Thallita da Cruz Fernandes foi localizado dentro do seu apartamento após uma amiga acionar as autoridades. Segundo o g1 nesta segunda-feira (21), uma mensagem de texto alertou os familiares sobre o crime. A Polícia Civil apontou que o namorado da vítima, preso no sábado (19), teria matado a jovem por ”questões financeiras”.
De acordo com o boletim de ocorrência, obtido pela publicação, a mãe de Thallita pediu que uma amiga da jovem mandasse uma mensagem via WhatsApp para o celular da filha. Em depoimento, a amiga relatou que sabia que a médica estaria de folga do trabalho. A resposta enviada pelo celular da vítima, porém, dizia que ela estava ocupada. “Não posso falar. O dia de serviço está muito corrido”, afirmava o texto.
Sem mais respostas, a amiga decidiu pedir ajuda aos policiais. Ao chegarem no prédio e descobrirem através do porteiro que a moça não havia saído de casa, eles entraram no apartamento e encontraram Thallita morta, nua e dentro da mala que estava na lavanderia. A vítima apresentava ferimentos no rosto provocados por uma faca. O exame do IML indicou que a médica morreu por hemorragia aguda.
O namorado dela, Davi Izaque Martins Silva, de 26 anos, é apontado como o principal suspeito do crime. Pelas câmeras de segurança, as autoridades constataram que ele foi o último a entrar e sair do apartamento de Thallita. O rapaz estava na casa de sua mãe, no bairro Vila Elmaz, quando foi abordado pelos agentes do Batalhão de Ações Especiais de Polícia de São Paulo.
Com ele foram apreendidas duas facas e uma roupa com marcas de sangue, que serão periciadas. Segundo os policiais, o suspeito chegou a deixar a cidade após o assassinato, com destino a Olímpia, mas acabou retornando.
O delegado Alceu Lima de Oliveira acredita que o jovem matou a companheira por temer perder a vida de alto padrão que mantinha ao lado dela. “Achei que era um crime passional no início, mas a minha convicção agora é que foi um crime por interesse patrimonial”, afirmou o titular da Delegacia de Homicídios da Divisão Especializada de Investigações Criminais de Rio Preto ao Metrópoles.
Amigos da médica contam que o casal estava junto há três anos. Há um ano e quatro meses, eles moravam no apartamento dela. “Segundo os policiais militares do 9º BAEP, ele já confessou informalmente no local [da prisão], então a gente pretende ouvi-lo”, disse o delegado. Ainda de acordo com as testemunhas, o relacionamento estava “conturbado” e vizinhos teriam denunciado uma briga na madrugada anterior à morte da jovem. A polícia acredita que Thallita foi assassinada ao tentar colocar um ponto final no namoro com Davi.
A médica era plantonista em uma Unidade Básica de Saúde em Bady Bassitt, São Paulo. Em nota, a prefeitura da cidade lamentou o crime. “É com imenso pesar que a Prefeitura de Bady Bassitt recebe a notícia do falecimento de Thalitta da Cruz Fernandes, plantonista na UBS de nossa cidade. Respeitada por todos e admirada pelo profissionalismo, amizade, integridade e pela maestria ao cuidar da população, Dra. Thalitta deixa um legado incontestável e de relevância fundamental para a Saúde do Município”, diz o texto.