Nesta sexta-feira (13), um homem de 58 anos foi internado em estado grave após ser atropelado no bairro Butiatuvinha, em Curitiba (PR). A suspeita é que o ato teria sido cometido por uma mulher com quem ele se relacionava, de 35 anos. De acordo com o g1, em depoimento à Polícia Militar (PM), a suspeita afirmou que os dois também teriam brigado momentos antes.
Segundo o delegado Edgar Dias Santana, da Polícia Civil, a vítima e a suspeita teriam feito sexo antes do atropelamento. O oficial, no entanto, afirmou que o casal não vivia mais um relacionamento. “Ela diz que estava mantendo relações sexuais com seu ex-companheiro em uma rua sem saída e após o ato eles teriam discutido. Ele saiu do veículo, ela permaneceu dentro do carro. Ele subiu em cima do capô e ela continuou conduzindo o veículo com ele em cima”, contou o delegado.
À publicação, os vizinhos relataram que viram quando a mulher – que não foi identificada – estava dirigindo em alta velocidade enquanto o homem estava em cima do capô do veículo. “Eu vi o táxi descendo com alguém pendurado no capô em alta velocidade e peguei meu carro para ir atrás. Esse rapaz caiu na curva e ela passou por cima dele umas três ou quatro vezes. Eu buzinei e gritei para ver se ela parava”, afirmou um deles.
Já ao site da rádio Banda B, uma outra testemunha falou que a suspeita estava revoltada, mas que ninguém entendeu na hora o que havia acontecido. “Ela não está normal. Meio complicada a situação. Não sei como começou, mas foi terminar aqui desse jeito. Ele veio no capô, não quis chegar perto, gritei e buzinei de longe, mas não adiantou”, pontuou.
O site também conseguiu falar com a mulher, que admitiu ser responsável pelo atropelamento. Ela contou que estava em um relacionamento com a vítima há dois anos. “Eu queria saber a motivação para tudo isso. Pergunta pra ele, que ele explica. Ele mandou me assaltar essa noite de novo, levaram meu celular, ele viu minhas conversas no celular. Eu tenho prova no celular”, iniciou ela. “Passei, passei, por cima dele, ele estava com pedras, tentou me enforcar. Não foram várias vezes, eu dei a ré”, declarou.
Confusão sobre ocorrência
Apesar desta declaração, o soldado Fernandes, do Batalhão de Polícia de Trânsito (BPTran), contou que o primeiro chamado que eles receberam foi de que teria acontecido um assalto. “Chegou para a gente um atropelamento em decorrência de um possível roubo. No local nós recebemos a informação que seria vias de fato entre o casal. Ela está bem nervosa, não conseguiu explicar o que aconteceu, mas vamos apurar e encaminhá-la à delegacia. Ela disse que são um casal. Pela gravidade do envolvido, vamos encaminhá-la, pois é uma questão de lesão grave”, relatou.
Os vizinhos também afirmaram que a mulher primeiramente falou para eles que havia acontecido um assalto. “Ela passou dirigindo com ele agarrado no capô. Eu fui atrás, ele caiu na curva e ela voltou com o carro umas três ou quatro vezes em cima. A princípio ela falou que era marido e mulher, mas primeiro ela falou que era assalto e depois falou que era uma briga de casal”, relembrou um deles.
Segundo a polícia, a motorista passou por um teste de bafômetro, que deu negativo. Em seguida, ela foi encaminhada para a Delegacia de Delitos de Trânsito (Dedetran). “Testemunhas foram ouvidas, a interrogada já prestou os esclarecimentos e diante das provas produzidas ela está sendo autuada em flagrante pela prática de tentativa de homicídio qualificado”, informou o delegado.
Identificado como Benedito Alves Taborda, o homem teve traumatismo craniano e foi transportado de helicóptero para um hospital da cidade. “A vítima, na verdade, foi atropelada várias vezes. A condutora fez várias passagens com o veículo por cima da vítima. Uma situação bastante grave, ele tem um trauma bem importante na cabeça, no tórax, no abdômen, fratura de quadril”, explicou um dos médicos que atendeu o homem. De acordo com ele, o estado da vítima é gravíssimo.
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