Na tarde de sexta-feira (30), Susane Muratori, que ‘morava’ em uma unidade do McDonald’s no Rio de Janeiro, foi presa sob suspeita de injúria racial. Após a repercussão do caso, Susane foi proibida de frequentar o estabelecimento localizado no Leblon.
De acordo com testemunhas, Susane e sua filha teriam proferido insultos contra uma adolescente de 15 anos e sua mãe, após a jovem ter fotografado a dupla. As ofensas incluíam termos como “preta nojenta”, “pobres e favelados”, conforme relatado pela mãe das adolescentes. Relembre o caso aqui.
Após a denúncia, Susane foi detida e levada ao 14º DP do Rio de Janeiro, acompanhada das malas que ela e a filha, Bruna, carregam há sete meses, desde que começaram a frequentar o McDonald’s. Susane e Bruna permaneceram na delegacia prestando depoimentos até às 20h de sexta-feira. Segundo informações do UOL, a mulher de 65 anos foi liberada somente no sábado (31) e desde então está proibida de frequentar o local onde ela e a filha estavam “vivendo”.
Na audiência de custódia, presidida pela juíza Ariadne Villela Lopes, foi determinado que Susane não poderá comparecer à unidade da franquia por dois anos. A juíza também concedeu liberdade provisória à acusada, que não teve a prisão convertida em preventiva por ser “ré primária e idosa”.
A juíza levou em consideração que as agressões não foram físicas. Lopes também proibiu Susane de manter contato com a adolescente, estabelecendo uma distância mínima de 500 metros da menina, pelo prazo de dois anos. Além disso, comunicações por internet ou telefone estão proibidas, e Susane deverá justificar suas atividades mensalmente à Justiça.
Ao UOL, a defesa de Muratori alegou que a mulher “está muito debilitada” e apontou que ela e Bruna estão em “um lugar seguro, recebendo atendimento médico e psicológico“. “No momento oportuno, iremos prestar esclarecimentos sobre os fatos”, afirmou o advogado.
Siga a Hugo Gloss no Google News e acompanhe nossos destaques