A Polícia Civil de Goiás concluiu que Leonardo Pereira Alves, de 58 anos, e sua mãe, Luzia Alves, de 86, não foram envenenados por pesticidas. A declaração da perícia foi divulgada nesta terça-feira (26), pelo Metrópoles. As vítimas passaram mal depois de um lanche e morreram em um intervalo de algumas horas. Agora, os agentes tentam encontrar qual substância foi usada nos homicídios.
O laudo do perito Olegário Augusto explica que os pesticidas são moléculas maiores e mais fáceis de serem detectadas, o que não vem acontecendo na investigação. Desde o início das suspeitas de envenenamento, cerca de 300 pesticidas foram descartados. Apesar de Leonardo e Luzia terem apresentado vômitos, diarreia e dores abdominais, o profissional garantiu que os sintomas não foram causados por uma intoxicação alimentar ou infecção bacteriana.
Para os agentes, a principal suspeita do crime é Amanda Partata, de 31 anos, ex-namorada do filho de Leonardo. Ela está presa desde o dia 20 de dezembro, e passou pela audiência de custódia no dia seguinte.
De acordo com o delegado Carlos Alfama, Amanda teria cometido o crime por não aceitar o fim do relacionamento de um mês e meio. Os dois estavam separados desde agosto, mas antes do término, a mulher anunciou uma gravidez que nunca existiu, e continuou convivendo com a família. Ela chegou a organizar uma festa de chá revelação para contar que estava esperando uma menina. Contudo, o delegado apontou que tudo não passou de uma grande farsa.
Além da falsa gravidez, a investigação apontou que a advogada criou pelo menos seis perfis fakes nas redes sociais para ameaçar o ex de morte. A mulher ainda tinha o costume de fazer ligações para os familiares do rapaz através de um aplicativo que escondia seu número. Frases como “Vou matar você e a sua namoradinha” e “Depois não chore em cima do sangue deles” foram enviadas. Ao todo, mais de 100 números foram bloqueados por Leonardo antes de sua morte.
Para a Polícia Civil, Amanda colocou veneno em um suco dado às vítimas. “Foram comprados diversos alimentos. Até por uma questão técnica, é mais possível que o veneno tenha sido ministrado no suco, porque é mais fácil dissolver o veneno no meio líquido”, explicou o delegado. Agora, a perícia ainda busca novas substâncias que possam ter causado a morte. Os representantes da suspeita contestam a prisão de Amanda e afirmam que ela não é culpada pelos crimes.