Hugo Gloss

Polícia do RJ conclui investigação contra youtuber “Capitão Hunter” por estupro de vulnerável e exploração sexual de menores, e revela decisão

O youtuber João Paulo Manoel, mais conhecido como Capitão Hunter, foi indiciado por estupro de vulnerável e produção de pornografia infantil pela Polícia Civil do Rio de Janeiro. O criador de conteúdo está preso desde outubro, após uma denúncia envolvendo uma adolescente de 13 anos.

O relatório final da investigação, conduzido pela Delegacia da Criança e do Adolescente Vítima (Dcav), aponta que há elementos consistentes que indicam a prática de exploração sexual contra crianças e adolescentes. De acordo com os documentos divulgados pelo g1, a condenação pode resultar em uma pena superior a 15 anos. Ele segue preso em Santo André, São Paulo, após a Justiça transformar a detenção temporária em prisão preventiva. Por envolver vítimas menores de idade, o caso segue em sigilo judicial.

João Paulo é conhecido pela produção de conteúdo sobre “Pokémon” e possui mais de um milhão de seguidores nas redes. Ele é acusado de exibir suas partes íntimas para dois menores na internet, além de exigir que essas crianças também mostrassem os seus corpos.

A principal vítima é uma menina de 13 anos, que João Paulo conheceu em eventos de fãs de “Pokémon”. O primeiro contato com a adolescente aconteceu quando ela tinha 11, durante um evento no Norte Shopping, no Rio. Após o primeiro encontro, João Paulo e a vítima só tiveram mais um contato ao vivo, em São Paulo, também num evento sobre a franquia.

O youtuber foi preso em Santo André, no Grande ABC, na manhã desta quarta-feira (22). (Foto: Reprodução/Instagram)

De acordo com a TV Globo, durante as investigações, João Paulo passou a pedir conteúdos de cunho sexual, como fotos íntimas, que ele também enviava para ela. Em depoimento à Polícia Civil, a menina disse que ele chegou a fazer videochamadas com ela, nas quais exibiu o pênis e pediu para que ela lhe mostrasse alguma parte íntima. Uma mensagem do youtuber à vítima, interceptada pela polícia, dizia o seguinte: “Amigos mostram a bunda um para o outro, isso são coisas de amigos e você é minha melhor amiga“.

Em troca do material, o influencer supostamente oferecia produtos da franquia, como cards colecionáveis e bichos de pelúcia. O abuso sexual teria acontecido em 2023 e diversas vezes ao longo deste ano. Ainda segundo a investigação, o influenciador chegou a enviar fotos do próprio pênis em duas ocasiões pelo WhatsApp e outras duas vezes pelo Discord.

As autoridades ainda apuram se um menino de 11 anos teria sido vítima de João Paulo. O material apreendido na casa dele será analisado pela perícia para saber se há outros casos. O juiz também autorizou a quebra do sigilo. Saiba os detalhes, clicando aqui.

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