Hugo Gloss

Polícia se pronuncia sobre menino de 9 anos que matou 23 animais no PR, e esclarece o que acontecerá com ele

A criança de 9 anos que esquartejou e assassinou 23 animais em uma fazendinha da cidade de Nova Fátima, no norte do Paraná, não será punida criminalmente. Daqui pra frente, o garoto receberá apenas o acompanhamento do Conselho Tutelar. Ao portal Metrópoles, nesta terça-feira (15), a Polícia Civil do estado explicou que, por ser menor de 18 anos, ele é considerado inimputável, ou seja, que não pode ser condenado por um crime.

Como uma criança de 9 anos é a autora, não há implicações criminais“, informaram as autoridades. Conforme o Estatuto da Criança e do Adolescente, apenas menores infratores acima de 12 anos podem sofrer medidas socioeducativas, quando cometem um ato infracional.

Ainda de acordo com a Polícia Civil, “o boletim de ocorrência e outras informações foram repassadas ao Conselho Tutelar“. Ao “Bora Brasil”, da Band, desta quarta-feira (16), o Conselho Tutelar afirmou que já faz o acompanhamento do menino, bem como de seus familiares, que estão muito “abalados” com a situação.

A família não quis dar entrevistas. Segundo o jornalístico, os avós relataram que o neto nunca apresentou um comportamento agressivo em casa ou na escola, e que para eles também foi uma surpresa. Não há informações sobre os pais da criança. O caso aconteceu em 13 de outubro, um dia após o garoto visitar a fazendinha recém-inaugurada, por um hospital veterinário, no Dia das Crianças. Ele retornou e invadiu o local, onde matou mais de 15 coelhos.

As imagens das câmeras de segurança revelaram que o menino foi acompanhado de um cachorro até o local. Após invadir o hospital, ele passou cerca de 40 minutos maltratando os bichos. Alguns deles foram arremessados ​contra a parede, enquanto outros foram mutilados, tiveram as patas arrancadas e foram esquartejados.

Em um primeiro momento, o veterinário Lúcio Barreto acreditou que o menino havia invadido a fazendinha apenas para brincar com os animais. Eles só se deram conta dos atos de crueldade após assistir às gravações. O caso abalou a comunidade local e levou os proprietários do hospital — a veterinária Brenda Rocha Almeida Cianciosa e o sócio Barreto — a se manifestarem nas redes.

“Passando para agradecer a cada um de vocês pela preocupação, pelas mensagens, para quem abraçou essa causa, não é isso?”, disse Brenda. “Isso, muito obrigado a todos, a comunidade que se empenhou em ajudar a gente a descobrir quem era. Muitas mensagens de apoio, de preocupação, então a gente está aqui para agradecer a cada um de vocês. Toda a região, não só Nova Fátima, toda a região aí. Muito obrigado a todos vocês, viu?”, declarou Lúcio.

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