O produtor musical David Beckhauser Santos Herold, de 34 anos, foi morto a tiros na noite desta quarta-feira (2), na zona norte de São Paulo. Ele era conhecido por trabalhar com Boladin 211, e estava gravando um videoclipe do cantor de trap no momento da tragédia. As informações são da Polícia Civil.
Testemunhas contaram às autoridades que dois homens desconhecidos dispararam mais de 60 tiros na direção de David, que fotografava o artista. Conforme a Polícia Militar, 32 disparos atingiram o corpo do produtor. Ele foi encaminhada para a Unidade de Pronto Atendimento (UPA) Peri, mas não resistiu e veio a óbito.
Um veículo que estava próximo também foi atingido pelos disparos. Os suspeitos, por sua vez, fugiram a pé para uma comunidade da região. A PC informou que a dupla usou armas de calibres diferentes para a execução. Já a PM acredita que a motivação do crime seja uma rixa entre grupos criminosos.
De acordo com as autoridades, a vítima era associada a uma facção de Santa Catarina, onde nasceu e vivia. O 72º Distrito Policial (DP), de Vila Penteado, investiga o caso como homicídio e tenta identificar e prender os assassinos. Apesar da hipótese apontada, a delegacia pretende esclarecer o ocorrido.
Cantor presta homenagem
Nas redes sociais, Bernardo Soares da Rosa, nome verdadeiro de Boladin, de 20 anos, lamentou a perda. “Descansa em paz, Dindão. Sem acreditar. Nunca será esquecido. Pra sempre no meu coração”, escreveu ele junto a uma foto em que aparece chorando.
Já em outro story no Instagram, ele compartilhou uma foto ao lado de David. “Cuida de mim aí de cima, Dindão. Te amo pra sempre. Gratidão por tudo que fez por mim. Nunca será esquecido. Guerreiro não morre, vira lenda”, homenageou. Veja tudo:
Histórico criminal
David Beckhauser foi preso com drogas, em 2015, pela polícia do Rio Grande do Sul. Ele também era procurado pelas autoridades catarinenses como suspeito de ter cometido homicídios.
No ano seguinte, o ex-soldado do Exército dos Estados Unidos foi condenado pela Justiça de Santa Catarina a 16 anos de prisão pelo assassinato de Thiago Polucena de Oliveira, um dos chefes do tráfico de Florianópolis. Segundo o advogado do réu, Cláudio Gastão da Rosa Filho, David também foi sentenciado por tentativa de homicídio contra o irmão da vítima.