Quatro meses depois do grave acidente de carro que sofreu, Rodrigo Mussi deu uma entrevista ao jornalista Leo Dias nesta quinta-feira (11) e contou detalhes sobre o complexo tratamento que segue fazendo. Ele também revelou que a TV Globo se responsabilizou financeiramente pelo atendimento domiciliar que precisou.
“No pós-acidente, senti um carinho [da emissora]. Estava no HC, um hospital público. Precisava de um home care. Custava um valor muito alto naquela época e a Globo cobriu sem pensar duas vezes. Foi fantástico”, contou o gerente comercial.
O ex-BBB afirmou que o cuidado do canal começou antes mesmo do acidente, desde a época do reality. “A Globo foi muito profissional. Desde a hora que me escolheram, na hora de entrar, de sair. Sempre foram muito profissionais, tudo muito aberto, falado, comunicado. Nada escondido!”, garantiu.
A batida de carro que quase tirou sua vida aconteceu na madrugada de 31 de março. Com o impacto de ser lançado para fora do veículo, Mussi sofreu um traumatismo craniano e múltiplas fraturas pelo corpo. Ele lembra que, após várias operações e um período em coma, ainda precisou lutar contra a depressão diante da expectativa de ficar com sequelas.
“Assim que acordei e tomei consciência, os médicos acharam que foi sensacional eu estar falando e andando, mas avisaram que a maioria das pessoas que sofrem um traumatismo craniano entram em depressão profunda. Ali no hospital, em recuperação, quando me falaram isso, pensei: ‘não, não vai acontecer'”, revelou.
No entanto, a depressão chegou quando o influenciador se viu sozinho dentro da própria casa: “É uma depressão que te puxa muito para baixo. Posso falar que essa é a maior batalha da minha vida. Já tive várias, mas essa foi indiscutivelmente a pior ou a mais forte”.
Ainda na entrevista, o segundo eliminado do BBB 22 contou que se surpreendeu com o seu grau ocular ter dobrado e que isso o deixou ainda mais ansioso. “Foi muito drástico, pensei: ‘Como vou dirigir? Como vou viver?’. Minha vida foi solitária e, naquele momento, eu fui atingido. Nas outras, não. Acordava e falava: ‘Vou tentar vencer algo, mas estava na minha mão o controle’. Dessa vez, não”, desabafou.
Ele relembrou que a tomada de consciência depois do acidente foi o momento mais drástico que viveu. “A primeira coisa que fiz foi querer ir no banheiro. Fui e me olhei pela primeira vez no espelho. Estava muito magro, com 50 e poucos quilos, e aquilo me chocou. Ficava me olhando, falava que essa pessoa não parecia comigo. Fiquei uns 15, 20 minutos [no espelho], os médicos pararam atrás de mim, comecei a chorar enquanto me olhava”, admitiu.
Assista à entrevista completa:
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