O Ministério Público da Bahia (MPBA) denunciou o marido de Sara Mariano, Ederlan Mariano, e outros três homens pela morte da cantora gospel. A queixa foi encaminhada à Justiça nesta quarta-feira (20), que analisará se tornará o quarteto réu ou não. O tribunal também acatou o pedido de prisão preventiva dos acusados por tempo indeterminado. Eles estavam detidos de forma temporária.
Além de Ederlan, Weslen Pablo Correia, conhecido como bispo Zadoque, Gideão Duarte e Victor Gabriel Oliveira também foram denunciados. Eles foram acusados pelos crimes de feminicídio por motivo torpe, meio cruel e sem possibilidade de defesa da vítima, além de ocultação de cadáver e associação criminosa.
De acordo com o MP, as motivações para o assassinato de Sara estariam nas promessas profissionais feitas por Ederlan aos demais companheiros, descartando a suspeita inicial de que seria por ciúmes. Como todos atuavam como pregadores, produtores, cantores e músicos com intensa atuação nas redes sociais, o marido da cantora, que gerenciava a carreira dela, garantiu disponibilizar as ferramentas digitais de seu estúdio para promover a carreira de Victor e dos demais, futuramente.
Apontado como mandante do crime e responsável por controlar a ação dos executores, Ederlan também teria prometido que o trio se “apoderaria da imagem pública de Sara Mariano, fazendo uso de toda a estrutura já montada em torno dela”. As investigações informaram, ainda, que ele chegou a dar R$ 2 mil para os homens, dizendo que os entregaria mais R$ 15 mil quando o dinheiro da artista fosse encontrado.
Sara Mariano foi levada por um dos acusados ao local do crime. À época, ela foi informada de que faria uma apresentação musical num evento evangélico. No entanto, ela foi levada pelo seu motorista, Gideão, até a BA 093, onde Victor e Zadoque esperavam. De acordo com o UOL, a artista foi morta e teve o corpo abandonado às margens da rodovia. Ederlan, por sua vez, registrou o desaparecimento da esposa para “dissimular sua participação no crime”, apontou o MP.
Sobre o caso
A influenciadora gospel estava desaparecida desde o dia 24 de outubro, após sair de casa para um evento em uma igreja evangélica. No dia 27 do mesmo mês, um corpo carbonizado foi encontrado na beira de uma estrada no município de Dias D’Ávila, na região Metropolitana de Salvador e identificado como sendo da cantora.
A confirmação foi feita pelo marido da vítima, Ederlan Mariano, que foi preso logo depois pela Polícia Civil da Bahia. Uma transmissão ao vivo mostrou ele reconhecendo, no local, um chinelo que seria da cantora. De acordo com o esposo, a aliança que estava no corpo também seria da vítima.
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